* 12-natal
* Jolly da Vanilma - 28/04/...
* Bobinhos
* Shirra
* ANASTÁCIA - passou para o...
* Como cuidar de cães idoso...
* Natal de imensa saudade- ...
* Rufus e Domi da Mar Teres...
* REX - Meu fiel companheir...
Destinei este blog aos animais que já não estão mais comigo ou neste mundo,
e aos amigos com animais também já adormecidos que, roídos pela saudade,
ainda escrevem sobre eles.
Vamos homenageá-los?
Fale comigo - (clique na caixa do correio)
Hannynha no céu aos 19 anos, 4 meses e 9 dias.
Não sei como consolá-la, Dulce.
Sempre que perdia um dos meus, cão ou gato, eu sofria demais.
Mas a vida não se compadece de quem fica agarrado ao passado e aos desgostos, eles ficam dentro de nós e o nosso coração racha mais um pouquinho. É sempre assim!
Depois, cola, porque ninguém consegue viver com um coração partido, mas fica a cicatriz.
É por isso que alguns têm um coração cheio de cicatrizes, sinal que viveram e amaram intensamente.
Um coração bonito e lisinho não augura nada de bom porque a vida é feita com um pouco de tudo, bom e mau.
Siga sua vida e alegre-se com quanta coisa boa proporcionou à sua menina, quanto ela foi feliz ao seu lado.
Um beijo e um grande abraço desta amiga de longe
Laura
Olá, Laura! Agradeço o seu contato.
Estou arrasada. Perdi a minha bebê de 15 anos e meio, ontem (28/04), vítima de uma infecção, cuja causa não foi confirmada (os veterinários estavam em dúvida entre doença do carrapato e leptospirose). Foi uma semana de sofrimento! Assim que começou a apresentar os primeiros sintomas, nós a levamos a uma clínica 24 horas, onde foi internada. Não houve tempo de fazer um exame de sangue que confirmasse alguma das suspeitas dos médicos, uma vez que apenas um teste sorológico poderia apontar o agente infeccioso.
Fiquei bastante aflita quando seu sofrimento começou. Não só por saber que ela se encontrava doente, mas também por me sentir culpada. Há quase um mês apareceu um rato na minha casa e fiquei sem coragem de mata-lo. Sempre tive pena de todos os animais e, uma vez, vi uma página na internet que criticava a forma como tratávamos essa espécie. Como moro em casa, sou acostumada com animais urbanos, como pássaros e lagartixas. Sei que ratos são nocivos, sabia que tinha que matar o que estava me incomodando, mas não sabia que atitude tomar. Coloquei veneno e, algum tempo depois, ele apareceu morto, e foi minha princesa que descobriu o local em que o mesmo estava. Não sei se ela entrou em contato com alguma secreção daquele animal morto, ou se bebeu ou comeu algum alimento contaminado com a urina dele. De qualquer modo, suas vacinas estavam em dia, especialmente a da lepto, que havia tomado em março.
Minha Jolly sempre foi bem cuidada. Meus pais e eu sempre cuidamos bem dela, com o maior amor. Havia feito um check-up no dia 30/04 e tudo estava ok, nenhuma anormalidade no coração que não fosse comum da idade. Tinha todos os dentinhos, subia no sofá e na poltrona sozinha e, apesar de uma pequena catarata, enxergava. Ouvia mal, mas, caso falássemos em um tom mais alto, ela atendia. Tinha tudo para viver muitos, mas muitos anos. Isso é o que dói mais.
Quando internada, ela fez um exame que, segundo a veterinária, caso houvesse alguma alteração, poderia indicar a lepto. O resultado foi normal, e alguns dos plantonistas da clínica chegaram a descartar essa possibilidade e afirmaram que se tratava da doença do carrapato. Mas essa dúvida tem me deixado muito atormentada. E se tive sido mesmo a doença do carrapato, também fico sem entender, pois usávamos sempre Frontline, dávamos banho toda semana e ela estava sempre em casa. Tenho um vizinho que cria cinco cachorros em um espaço muito pequeno, e sei que não são bem tratados. Se tiver sido a doença do carrapato, com certeza, veio de lá.
Sei que descobrir a causa da sua doença não trará a minha princesinha de volta. Mas fico revirando os fatos, perguntando o que eu poderia ter feito para salvá-la. Gastamos muito na tentativa de curá-la, e gastaríamos o dobro se soubéssemos que isso a traria de volta. Daí fico pensando: não foi por falta de recursos financeiros, de carinho, de prevenção, de falta de atenção com a sua saúde. Ela era tão paparicada que, a qualquer comportamento diferente, a qualquer gemido, corríamos para o médico a fim de descobrir a causa e tratar.
Não me conformo com a sua perda. Sinto-me incapaz e responsável por tudo que passou. Era meu dever protege-la de tudo. Onde ela está agora? Não pode ficar sozinha, é como uma criança. Pequeninha, branquinha, fofinha, um bebê… Minha florzinha, quanto amor tenho por ela! Não quero saber de outro animal, pois não quero substitui-la. Ela era muito especial, única. Educada, fiel, companheira, linda! Nunca haverá cachorrinha igual a ela! Acho que a ficha nem caiu ainda. Já chorei horrores, desde que ela se internou. Rezei tanto para Deus salvá-la e Ele a levou de mim. Tive esperanças, mas elas se foram quando a vi tão debilitada. Fui a última pessoa a visita-la. Estava muito mal, inchada, com icterícia. Mal levantava a cabeça. Tão triste isso. Que doença horrível! Sinto-me tão culpada por tudo. Estou sofrendo demais. Éramos apegadas demais. Cada canto da casa evoca algum momento seu, algum hábito que tinha. Ela era tudo pra mim, dava-me força, fazia-me sorrir. Eu era alguém melhor por tê-la comigo.
Muita dor! ;( Espero que me compreenda. Estou desesperada, vazia. Nunca havia perdido alguém. Tenho 28 anos e já sofria de depressão e pânico. Ela me dava muita força para enfrentar a doença. Agora, que se foi, estou no abismo novamente. Não serei capaz de amar mais nenhum animal, nem quero. Só quero a minha Jolly, entende? Eternamente! ;~~~~
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Vanilma
Resposta a uma amiga que perdeu a cadelinha.
Vanilma, li e entendi tudo quanto me contou e até compreendi o sofrimento.
Chore tudo que tem para chorar porque isso ainda não é pago e podemos fazê-lo acompanhados ou sós.
Ainda nos dão esse direito, graças a Deus!
Mas o tempo vai passando, as lágrimas corridas darão lugar a uma ou outra quando se encontra um objecto ou vem uma lembrança mais veemente e, por fim, secam.
Não quer isso dizer que muito mais tarde, ao falar dela a alguém, não se marejem os olhos e um soluço não suba no peito. É assim mesmo a saudade, é próprio.
Se está no fundo do poço, terá que sair pelo seu próprio pé pois nesta vida, minha amiga, ninguém pode mais que nós próprios. Temos a força e o sal escondidos dentro de nós. E quando a gente não quer... até podemos morrer de desgosto.
Mas você vai levantar-se, olhar para um céu maravilhoso, uma flor que desabrocha, um passarinho cantor.
O calor do sol vai aquecer esse gelo dentro do seu peito e vai retornar ao estado normal.
Aí, o coração vai pedir outro amor. É assim a Lei da vida.
Não é exactamente «Rei morto, rei posto», é mais vou reagir por amor daquela que se foi e está agora em paz. Vou doar amor, este amor que me sufoca, a um outro ser que me vai acompanhar por mais alguns anos.
Não tenha medo de sofrer porque quem muito ama, sofre. As alegrias compensam os sofrimentos.
Nunca serão muitos anos que esses amores vivem. Infelizmente, eles duram pouco em relação ao amor que nos dão. A média são 12/14 anos se não forem raças muito especiais. Essas ainda duram menos, se muito elaboradas, e nós sabemos como os criadores são capazes de apuramentos e misturas estranhas.
Portanto, minha amiga, o tempo que ela durou foi óptimo. Foi até mais do que o normal, embora haja excepções.
Que pensou? Nunca iria passar por esse trauma da despedida? Foi duro a forma como ela se foi?
De alguma forma iria, todos vamos. Pensou que ela se iria cheia de saúde? Uma noite acordava e ela já se tinha ido, calmamente? Isso é uma raridade. Não sei se é bom ou mau.
Já tive que mandar eutanasiar tantos, entre gatos e cães... Todos adormeceram no meu colo. Isso é muito duro, deixa-nos de rastos. Mas, quem viveu comigo, termina nos meus braços.
Não sei se preferia a surpresa duma morte inesperada, sem eu estar presente. Se um veterinário me diz que não se pode fazer mais nada e o animal sofre, eu nem hesito.
Não vou maçá-la mais, agradeço o seu contacto e cá ando eu à procura de mais uma amiguinha canina para alegrar os meus dias. Quando se for, logo se verá mas preparo-me para muitas alegrias e cuidados.
Ainda tenho um casal de gatos, mas houve um tempo em que havia gato e 3 cadelas cá em casa.
Eu nunca aprendo nem tenho medo de amar.
Se quiser, uma última homenagem, envie-me uma foto dela e escreva alguma coisa que queira que eu publique. Grande ou pequeno, o texto, eu publicarei na íntegra e a foto também.
Data de nascimento e outra, quantos anos a teve, etc.
Já viu as homenagens de outros donos lá no blog.
Mas não vale chorar cada vez que lá for ver.
Fique com Deus e com os mesmos anjos que acompanham agora a sua menina.
Um dia se encontrarão na porta do céu.
Um beijo e um abraço para você, Vanilma.
Laura Martins (de Portugal)
Meu amigo, é assim que te vou recordar.
Obrigada por teres confiado em mim e no tio Miguel Capinha. Foi pouco o teu tempo de vida, maldita doença.
Sei que enquanto estiveste connosco foste feliz, brincaste, aprendeste que o carinho é bom e hoje adormeces-te no meu colo. Caiu uma lágrima do teu olhinho.
Desculpa Bobinhos, não iria prolongar o teu sofrimento.
Um dia estaremos todos reunidos e vamos ver-te com o narizinho perfeito.
Fica em Paz Até já
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9/12/2014
Se foi!
Era o anjo que me guiava, protegia
e me alegrava.
Era anjo no olhar, um olhar que dizia
um olhar que amava.
Se foi, sofredora,
sem choro, gemidos altos,
silenciosamente...
O focinho entre as patinhas
entregue a dor.
Shirra era luz, iluminou...
Dormiu minha amadinha,
acordou eu sei, num lindo jardim,
o meu amor.
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Suzette Rizzo
June 18, 2014
Postado por suzette.rz às 6/19/2014 07:45:00 AM
http://suzette-rz.blogspot.pt/2014/06/shirra.html
Galera querida,
tem pessoas aqui na Net que conheceram por e-mail e outras pessoalmente a cachorra da minha filha (Anastacia).
Como eu não me lembro de todas as pessoas que conheciam a Anastacia, estou dando esta noticia a todos da minha lista.
Na semana passada após o Natal a cachorra da minha filha *passou para o outro lado*.
Estamos todos muito tristes e eu mais ainda devido a situação que estou vivendo com o meu *peludinho. *
Não quis dar a noticia para vocês na vespera do Ano Novo que é uma data em que todos estão se preparando para as festas.
Assim sendo, estou lhes comunicando hoje.
Beijão para todos.
- E abaixo uma das fotos mais lindas da Naná (Anastacia) - como costumavamos chamá-la.
Rose.
Ana (minha filha) Miriam (minha neta) e a Anastacia
Agência de notícias de Direitos animais
http://www.anda.jor.br/?p=42822
Como cuidar de cães idosos e o que fazer quando eles morrem
22 de janeiro de 2010
Um cão pode viver até 20 anos (há casos de cães que chegaram aos 29!), bem menos que a média de 70 a 80 das pessoas, de modo que essas precisam estar preparadas para quando tiverem de se separar dos peludos. Isso pode acontecer devido à idade avançada do cão ou se acontecer alguma fatalidade e ele for atropelado ou contrair toxoplasmose, câncer ou outra doença grave.
Sempre comparamos caninos a humanos, e agora é a vez dos cães velhinhos que ficam debilitados e mais sensíveis, perdendo independência e exigindo muita atenção e cuidados. O primeiro sintoma de idade avançada é a diminuição de atividade e entusiasmo para atividades físicas e do interesse pelo que acontece à sua volta.
Uma das primeiras providências é evitar que o cão se deixe abater e fique prostrado, dando-lhe uma terceira idade produtiva, com actividades de acordo com sua condição física, como pequenas caminhadas ou brincadeiras com bolinhas e objetos.
Outros sintomas são surdez, aumento de peso, catarata e outros problemas de visão, incontinência urinária e senilidade (geralmente demonstrada quando o cão tenta atacar algo que ninguém mais vê).
Ah, sim: é verdade que cães castrados vivem mais, mas a noção de que "um ano canino equivale a sete anos humanos" é mais um mito para a coleção.
Vejamos dois detalhes. Um cão com 20 anos equivaleria a uma pessoa com 140; nenhum ser humano vive tanto. E o envelhecimento (ou melhor, amadurecimento) canino não é linear como o humano; com um ano de idade, cães (assim como gatos) já são maduros o suficiente para procriarem.
E raças de grande porte, como os Buldogues e Mastifes, costumam viver menos que as pequenas, como Dachsunds e Pequineses.
Eutanásia: sim ou não?
Quando o cão está realmente muito idoso e quase não responde a estímulos, ou sofreu um acidente muito grave, ou ainda chegou à fase terminal de uma doença, enfim, quando o cão realmente está mal, não se alimentando nem respondendo a estímulos, com sinais vitais cada vez menores e vida mais longa significar vida sem qualidade, com dores, imobilidade e sofrimento, o mais usual é o veterinário sugerir a eutanásia. Ou seja, tirar a vida do cão de maneira serena e indolor.
Isso é bom ou ruim? Quem decide é o tutor. E a decisão tem de ser muito bem pensada.
Valerá a pena termos conosco o cão de que tanto gostamos, mesmo que para continuar vivo ele precise sofrer, imóvel e cheio de dores?
Volto a dizer: quem decide é o tutor.
O método mais usado para eutanásia é, simplesmente, colocar o cão para dormir. Ele é anestesiado e, ao adormecer de vez, recebe uma injeção de um composto químico (normalmente um barbitúrico) que paralisa coração e pulmões, tudo em no máximo cinco minutos.
Há quem prefira aplicar apenas uma dose muito forte, mas o método de duas etapas (anestesia e injeção letal), embora mais demorado, permite ao cão e ao tutor se despedirem.
Obviamente, a eutanásia é recomendável somente para abreviar o sofrimento de cães agonizantes, e não como método para diminuir a população canina.
Última morada
Para o derradeiro repouso do canino existem várias opções, desde sepultamento no próprio quintal do tutor (obviamente bem acondicionado para evitar contaminação do solo) e recolhimento gratuito do corpo pelas Prefeituras para cremação, a funerais requintados como o Pet Memorial, em São Paulo, primeiro crematório para cães (e outros animais de estimação) da América Latina, e cemitérios como Jardim do Amigo (em Itapevi, a 40km de São Paulo), Pet's Garden (no Rio de Janeiro), Campo da Saudade (em Salvador), Jardim do Bom Amigo (em Colombo, perto de Curitiba), Cemitério Parque Bosque São Francisco de Assis (Belo Horizonte) e o cemitério do canil Dream's Bloom, dedicado a Beagles (em Tatuí, interior de São Paulo).
O custo do funeral ou cremação varia de R$ 200 a R$ 2.000, conforme o local, o porte do animal e o luxo exigido.
E se o cão falecer no consultório do veterinário, este pode ficar com o corpo para encaminhamento à cremação pelo Centro de Controle de Zoonoses, mediante pequenas taxas (cerca de R$ 20)
E a vida continua
Em caso de morte do cão, você não precisa, nem deve, ter vergonha de chorar muito e se descabelar um pouco; afinal, trata-se de um ente querido. Mesmo que você possua oito peludos, são os SEUS oito peludos, não apenas oito dentre os tantos que houver em sua cidade. Espalhe fotos e vídeos do cão por paredes, cadernos e blogs, fale dele à vontade, relembre bons momentos e "casos" pitorescos passados com ele, pode até compor poesias ou canções nele inspirados.
Compartilhar experiência com outras pessoas que passaram pela mesma situação e adotar outro canino também ajuda. Enfim, recorde mais a vida que a morte do cão. Com o tempo você se acostumará com o fato de que ele se foi e que, mesmo que esteja brincando no céu, não está mais aqui na Terra.
Ou, por outra, está sim. Como todo ente querido, o peludo sempre viverá nas boas lembranças de quem o conheceu e, de uma forma ou outra, estará sempre presente.
foi Natal no dia em que
os seus donos decidiram
não o abater mas sim ajudá-lo.
Há Natal e Natal!!!!!!!
Estou aqui ... em frente ao micro, tentando fazer as minhas actualizações de Natal.
Mas a tentativa é em vão, não estou conseguindo, pois ao meu lado, alguém sofre e chora pela minha atenção.
Apesar de não o entender, sinto a sua necessidade de carinho, e ele é merecedor, pois nos deu muitas alegrias em seus 16 anos de vida, e foi o companheiro diário na solidão de minha Mãe.
Hoje, o seu sofrimento e suas limitações, revelam seu processo de partida, mas, até em seu último instante receberá meu carinho e gratidão, pelas festas que sempre fez quando eu abria a porta, ao chegar do trabalho.
Seu nome é Rex, um cãozinho sem raça, mas com uma amizade fiel, que durante sua vida sempre nos deu o seu melhor.
Peço a "São Francisco de Assis", protector dos animais, que não o deixe sofrer nos seus momentos finais, pois mesmo gostando muito dele, prefiro vê-lo descansar, porque a sua meta, com certeza foi cumprida, dando-nos alegrias com a sua companhia.
Rex, meu fiel companheiro...
vá em paz, com a certeza de que muito te amamos!!
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Airton Ferreri "Homem Sonhador"
em 10/12/2003, quando seu cãozinho Rex
cumpriu sua etapa aqui, junto de nós.
Instruções para abraçar um bebé:
1. Primeiro, encontrar um bebé
2. Segundo, assegurar-se de que o objecto que se encontrou é realmente um bebé empregando técnicas clássicas de olfacto
3. Depois é necessário acomodar o bebé antes de começar o processo de "abraço"
4. Simplesmente acomodar-se ao redor do bebé e preparar-se para um possível "close-up"...
5. Finalmente, se houver uma câmara presente, executar o diíicil e patenteado "abraço-sorriso e a pose" para alcançar a melhor foto.
24/02/2011
Estou muito triste e deprimido. Imagine que me separei do meu fiel amigo Snoopy.
Há muito que ando numa luta vacilando se seria ou não a altura certa, mas com alguma coragem e determinação chamei o veterinário, que veio cá ontem pela manhã, e resolveu o assunto.
Tenho sentido muito a sua falta. Ele, mesmo com alguma dificuldade, andava quase sempre perto de mim. Como que estou sempre julgando vê-lo surgir à
minha procura.
Mas tinha de ser. Ele estava praticamente cego e surdo. Já não tinha dentes à frente. Quando se levantava, de uma das diversas camas de que dispunha,
custava-lhe readquirir a normalidade, devido a problemas nas articulações.
Ultimamente sofria de incontinência urinária, pelo que urinava um pouco por todo o lado onde se deitava, ficando com o pêlo da barriga sujo de urina, pelo que cheirava muito mal. E minha mulher, que costumava catá-lo quase todos os dias, deixou de o fazer com nojo de lhe pegar. Também não dava para lhe dar banho todos os dias. Nos últimos dias, ele mesmo deitado latia, certamente com dores.
Enfim, a situação estava ficando insuportável. Sem qualquer esperança de que as coisas melhorassem, olhe, custou-me, mas antes que piorassem, fiz o que
julgo estar certo. Contudo fico com a sensação de ter o ter traído, dada a confiança que ele tinha em mim.
Sei de casos em que os animais sofreram por demais, perdendo mesmo toda a dignidade, se assim se pode dizer, à espera do fim.
Desculpe o desabafo.
Agradeço o quanto me diz afim de não me sentir culpado e aceitar a situação.
Realmente e pela lógica julgo ter feito o que havia a fazer. Mas foram 14 anos de convívio, práticamente permanente, dado que já estava aposentado quando ele veio viver connosco.
Enfim, é a vida e nada há a fazer a não ser conformar. Só o tempo poderá atenuar a situação.
Seu amigo
Ivo Lourenço (Açores)
"Tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor"
Ontem, depois de tanta luta, tanta resignação, tanto sofrimento o PERI nos deixou. Partiu da mesma forma que entrou nas nossas vidas, sem pedir nada, sem queixa, silencioso....
Foi abandonado num Hotelzinho no reveillon de 2006.
Era um cão idoso (estava com + ou - 10 anos quando o conhecemos), tinha displasia e artrose degenerativa muito avançada. Foi tratado na USP pelas equipes de Ortopedia e Equipe da dor.
Viveu num Hotel 4 longos anos. É verdade que 3 vezes por semana o trazíamos para passar a tarde connosco, mas nunca é a mesma coisa que ter um lar. Na hora de voltar para o hotel, esticava o pescoço, "empacava" se recusando a sair, isso nos dava muita pena.
Fizemos tudo que podíamos, mas não conseguimos dar a ele o tão sonhado lar...
Peri tomava muitos remédios, por isso tínhamos receio de doá-lo, quem iria querer um cão tão dispendioso? Optamos por mantê-lo ao nosso lado. Era o nosso companheiro e amigo. Saia connosco para outros resgates, para levar os amigos de 4 patas ao vet e até sequestro relâmpago o nosso Perizoca vivenciou!
Peri tinha a Dignidade dos Marginalizados, aceitando humildemente todo sofrimento que a vida lhe impôs. Era doce, digno, nobre, não conseguimos imaginar o que fez uma pessoa abandonar esse Majestoso Cão.
Quando o conhecemos nem levantava a cabeça, estava em profunda depressão, aos poucos fomos conquistando sua confiança.
Perizoca, felizes nós duas, que pudemos desfrutar da tua presença.
....tivemos momentos lindos, teu final foi sofrido mas, felizmente na última semana você estava morando entre a casa da Sandra e a minha.
Nos resta o consolo de saber que no final de tua estada aqui na terra você esteve amparado e se soube amado.
Siga em paz amigo, você nos ensinou o sentido da resignação e da tolerância.
Você deixou uma lacuna, um vazio... Era único e soberbo.
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Juana Braga e Sandra Marcos
www.sauaus.blogspot.com
Oi Laura, essa homenagem eu fiz pro meu amado Carlinhos que partiu aos quase 16 anos, minha mãe sempre fala que ela não enterreu um cão, ela enterrou um filho, exagero? Não é, só quem ama como nós é que entende essas coisas!
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VAN
É, meus amigos, melhor dizendo: Dia de Ficar Sem cão! Hoje fiquei sem o Monty!
Foi adormecido às 4 e meia da tarde. Não dava mais para ver a desorientação do bichinho durante as manhãs. Ele andava sem destino durante uma hora ou duas, corria a casa toda e o quintal, sem destino e sem parar, a arfar. O coração estava cansado e fraco.
Sempre dissemos, e os veterinários também, que ele não teria uma longa vida por andar sempre a correr nervosamente dum lado para o outro, ele não parava quieto. Só se aquietou após a perda da visão.
Mais uma vez fiquei com um animalzinho no colo, abraçado a mim enquanto era adormecido e exalava o último suspiro. O veterinário não quer, nunca quer, e diz ser muito violento; mas eu insisto e fico sempre com eles até depois do último instante, quando resta apenas um invólucro sem alma, sem vida, um corpinho lindo que tanto amei e que me amava acima de tudo e de todos.
Perdi o meu amigo, a minha sombra, a minha mantinha peluda! Sempre atrás de mim ou à minha procura, incansável. Mesmo sem o poder da visão, pelo olfacto ele me encontrava onde quer que eu estivesse, em casa ou no jardim e ali se deitava.
De raiva, cheguei a casa e cortei uma trepadeira enorme quase toda. Ela precisava de ser desbastada, mas hoje foi mesmo para pôr o corpo a funcionar em grande. Cortei, serrei troncos da grossura do meu pulso e depois caí para o lado. Adormeci um pouco e escrevi.
Lembro-me de ter saído do veterinário com a sensação duma necessidade premente de gritar. Em vez disso, deixei que as lágrimas corressem em silêncio. Só hoje me dei conta de quanta verdade existe naqueles filmes em que alguém pára debaixo duma ponte ferroviária, espera que o comboio passe e grita a plenos pulmões. Outros, cavam a terra e outros ainda, tal como eu, serram lenha ou cortam árvores. Afinal, o que é preciso é cansar o corpo e expelir a dor junto com a raiva. Desculpem esta mensagem, mas é o resto do desabafo, os últimos laivos de dor.
O meu lindo cão já não existe mais a não ser na minha lembrança, nos poemas que lhe escrevi, nas muitas fotografias nos álbuns, no meu computador, e no seu blog http://blogdocaomonty.blogs.sapo.pt
Mais tarde escreverei um último poema para ele, em sua homenagem. Ele merece!!!!!!!
A vida manda e nós obedecemos, quer queiramos quer não... O destino é implacável e o tempo igualmente!
Adeus meu amigo, lindo amigo! Sê feliz onde quer que estejas.
Desejo-te um lindo jardim cheio de flores perfumadas, muitas árvores e um cantinho cheio do sol que tu adoravas.
Levemente, a minha mão poisará na tua cabecinha para dormires em paz, tal como hoje.
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Laura B. Martins
Juca faleceu. Paz à sua alminha lá no céu!
Foi imenso o desgosto da minha amiga Regina Mas.
Felizmente, resolveu seguir o meu conselho de amiga e procurar adoptar um outro cãozinho.
É o melhor a fazer porque há muitos, demasiados até, a precisarem desesperadamente de um lar.
Ela encontrou um casal mas, o cãozinho estava já muito doente e também o perdeu, após muitas idas ao veterinário.
Ficou a cadelinha que é a alegria dela.
Obrigada, minha amiga, pelo seu bondoso coração.
Mais um animal foi resgatado dos canis - Deus seja louvado!
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Laura B. Martins
Agora sim, após quase seis anos, minha casa ficará totalmente livre de pelos. Eu estava sempre com uma vassoura na mão ou um paninho, para retirá-los dos lugares mais inusitados.
Agora sim, não vou precisar levantar rapidamente da cama, às seis da manhã, ao ouvir o bater do jornal na lajota da frente. Diariamente nós disputávamos para ver quem chegava primeiro para ler as notícias em primeira mão. (O problema é que ele só sabia "ler" mastigando as folhas.)
Agora sim, ninguém vai me trazer esperançoso, um boneco me convidando para brincar. Não vou ficar sem ar jogando bola, balançando bem alto garrafas pet ou disparando atrás dele pelo gramado, durante séculos, até ficar esfalfada. O bandidinho não permitia paradas e ficava latindo insistente para que a brincadeira continuasse indefinidamente.
Agora sim, não terei mais patas sobre meus ombros me abraçando sempre que eu pedia... Bom dia dado sério, pela manhã, com ele sentado, me olhando quando eu abria a porta, patinha levantada para ser sacudida.
Ninguém ficará rosnando e latindo à noite, na porta da sala, até eu levantar do sofá e lhe alcançar uma fruta. Não preciso mais por barreira na porta da frente para que ele não entre e se esparrame num resmungo, no tapete da sala. E me olhe com aquele olhar pidão de: ("Me deixa ficar aqui contigo só um pouquinho!")
Finalmente os passarinhos e abelhas vão ter sossego porque ele não chegará mais aos pulos para espantá-los.
Agora sim, quem quiser, pode chegar à minha casa, sem levar um susto ao ser recebido pelo grande cão que adorava que pensassem que era uma fera. (Bobagem, porque bastava por a mão em sua cabeça para que se desmanchasse em requebros alucinados.)
Agora sim, vou poder ir à praia sozinha, caminhar pela areia, sem vê-lo ir e vir alegremente pelas dunas. Ninguém vai mais por o focinho insistentemente entre as folhas de jornais ou revistas quando eu estiver lendo. Querendo atenção, empurrando minha mão para coçar seu pescoço.
Não mais olhares doces. (Eram os olhos mais claros, lindos e doces que já vi!) Cabeça no meu colo, rabinho abanando, comunhão amiga.
Agora sim, o silêncio reinará absoluto em cada canto da casa. Meu amigo foi embora, e se existe um céu para cães, ele deve estar lá agora, correndo com amigos por verdes vales.
Ninguém mais terei, então, para me receber com latidos alegres quando eu chegar e vou ter que parar de rir à toa com suas piruetas.
Agora sim, acho que finalmente, vou começar a envelhecer e aprender a chorar...
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Recebido via Internet, s/autoria
Regina Mas na dor da perda de um cãozinho; mas, ainda, com uma linda companheira.
À minha família querida,
Eu gostaria de dizer algumas palavras, mas primeiro de tudo, quero que você saiba que estou escrevendo da ponte do Arco-íris.
Aqui eu moro com Deus.
Aqui não existe choro nem sofrimento. Aqui existe somente o amor eterno.
Por favor não fique triste por eu não estar por perto.
Lembre-se que eu estou com você todas as manhãs, tardes e noites.
Naquele dia que eu deixei você quando a minha vida na terra terminou, Deus me pegou no colo, me abraçou e disse, "Seja bem-vindo".
É bom ter você de volta novamente, todos sentiram sua falta. E quanto à sua família querida, eles estarão aqui qualquer dia."
Deus me deu uma lista de coisas que Ele quer que eu faça, e o mais importante da lista é tomar conta de você.
E quando você estiver deitado na cama com as tarefas do dia terminadas, no meio da noite eu e Deus estaremos perto de você.
Quando você se lembrar da minha vida na terra, e de todos aqueles anos adoráveis que passamos juntos, por você ser humano, provavelmente vai chorar.
Mas não tenha vergonha de chorar e bom e alivia a dor.
Lembre-se de que não existiriam flores se não existisse a chuva.
Eu gostaria de lhe dizer tudo o que Deus planeou.
Mas se eu dissesse, você não entenderia. Mas de uma coisa eu tenho certeza:
Embora minha vida na terra tenha terminado, eu estou mais perto de você do que já estive.
Existem pedras no seu caminho e muitas montanhas para escalar mas juntos, nós podemos fazer isto um pouquinho cada dia.
Sempre foi a minha filosofia, e eu gostaria que fosse a sua também:
O que você dá ao mundo, o mundo lhe dá de volta.
E agora eu estou feliz, pois a minha vida valeu a pena.
Sabendo que quando passei na terra eu fiz alguém sorrir.
Quando você estiver andando na rua pensando em mim, eu estarei acompanhando-o apenas um passo atrás.
E quando chegar a hora de você ir deixar esse corpo para se sentir livre, lembre-se que você não está indo, você está vindo para mim.
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Autor desconhecido
(tradução livre de Victor H. Rios)
Quantas vezes espreito na marquise,
esperançada de ver-te, se chegaste
da tua ronda à casa e ao jardim.
Aguardar algo que a saudade amenize...
Da minha vida saíste como entraste.
Num repente peguei-te, quis trazer-te,
roubar-te desse mundo cimentado
onde os humanos encerram os amigos
de 4 patas. Eu desejei poder-te
proporcionar amor; ter-te ao meu lado.
Rondei a casa dos donos desumanos
que desaproveitavam tal amor.
Falei-lhes, implorei-lhes; eu contei-lhes
desta necessidade, e dos meus planos,
de te amar para sempre, com fervor.
Talvez alguma lágrima caída
tivesse amaciado os corações.
Assim, entraste e saíste duma vida,
mas a partida foi triste; à despedida
rolaram lágrimas em borbotões.
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13/03/2007
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
diria assim:
Este gato sem vergonha faz de mim a sua cama...
mas como é óptimo para eu brincar, lá o vou tolerando.
Amigos
A nossa "cãzinha" Vick morreu hoje, 29/04/2009.
Ela começou a ter convulsões ontem de madrugada e acabou morrendo hoje por volta de 12 horas.
Ela estava connosco desde bebê e já estava com quase oito anos.
Dói muito. Quem tem cachorro sabe o que estamos sentindo, mas é mais uma provação e Deus não nos dá nenhuma provação maior do que podemos suportar.
Vai passar; tudo passa.
Preciso de um abraço, que retribuo com muito carinho.
Edna
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A minha amiga Edna sofre pela sua cadelinha. Ah, como sei dar o valor!
Busca outra, Edna, de preferência abandonada, sem o carinho de uma dona amiga.
Procura nas Associações que estão cheias deles, bem carentes e precisam de ajuda e do lugar para outro mais desvalido.
Um abraço apertado, Edna.
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Laura B. Martins
Sei que partiste e se pudesses deixar uma mensagem para o dono seria mais ou menos assim:
Companheiro, o meu tempo chegou ao fim, não fiques triste com a minha partida porque os laços que nos unem são fortes.
tinha que ser assim, eu já tinha dado sinal que isto viria a acontecer quando estive doente no ano passado. Não te culpes por nada porque o que é importante é o amor que por mim sentes. Eu vou fazer o que sempre fiz que é estar ao teu lado até que possamos ficar juntos outra vez. Até breve...
Chegaste em 2000,para me alegrar, com cerca de dois meses, pois tinhas nascido em Maio, como não sei ao certo a data, assim passaste a fazer no meu dia (26 de Maio) anos juntos com direito a bolo! Alegraste a minha vida, muitas e boas recordações tenho de ti, a casa sem ti não é a mesma! Esperto, alegre e manhoso, mas também muito amigo.
Não consigo escrever mais sobre ti, pois a tristeza é imensa, desculpa qualquer coisinha.
Faleceste dia 21 de Junho de 2009!
Tenho pena não me ter despedido melhor de ti!
Saudades dos avós e do tátá (Tiago),que mal te conheceu!
ADORO TU SEMPRE NO MEU CORAÇÃO
até um dia
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10/07/2009
Mário A. G. Teixeira
A vida é bem complicada para algumas pessoas.
Uma delas é a minha amiga Jacqueline que, junto com a família, saiu do seu país, o Brasil, para trabalhar em Inglaterra.
Os animais (cães e gatos) tiveram que ficar ao cuidado duma empregada que ela paga religiosamente todos os meses. Infelizmente não haverá muitos donos assim, amigos dos seus animais de estimação.
Um deles é o seu amado Flopy por quem ela nutre uma estima muito especial.
Ela escreve e conta-me das suas profundas saudades deles, especialmente do Flopy, já velho, que ela teme não ver mais.
Também para eles foi muito doloroso o afastamento. Os animais amam-nos incondicionalmente e ressentem-se muito se nos afastamos.
Ah, como é amarga a vida de algumas pessoas!
Desejo sinceramente que a vida da minha amiga se recomponha e ela possa, enfim, voltar para a sua terra e para os seus adorados bichinhos.
Este artigo não fala da morte, mas duma situação igualmente muito dolorosa o afastamento e a saudade imensa.
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24/03/2009
Laura B. Martins
Morei por alguns meses numa chácara, na parte que antes era uma clínica e no momento estava vazia.
A proprietária morava na parte da frente.
O cachorro dela, um dóberman, assim que me viu mudou de dona. Primeiro ele urinou na minha porta da frente, para marcar território. Aos poucos, foi marcando mais. Na outra porta, ao redor da minha cama, da minha escrivaninha e até da minha cadeira.
Ao invés de dormir no quartinho de ferramentas, preferia dormir na minha porta, tomando conta de mim, nem que chovesse ou fizesse frio. E não queria entrar, queria mesmo montar guarda, como se soubesse que a região estava cheia de bandidos.
Às vezes ficávamos sozinhos na chácara, só eu e ele, passeando de madrugada como se fosse meio-dia. Eu não sentia medo, nenhum, de nada.
Quando me mudei, não podia levá-lo, pois além de enorme, não era meu.
Dia desses fiquei sabendo que ele morreu.
Tinha um nome guerreiro, chamava-se Átila, mas foi um anjo que passou pela minha vida.
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10/08/2006
Ana Suzuki
Um açougueiro estava na sua loja e ficou surpreendido quando um cachorro entrou.
Espantou-o, mas logo o cãozinho voltou.
Novamente ele tentou espantá-lo, foi quando viu que o animal trazia um bilhete na boca.
Pegou o bilhete e leu:
- "Pode me mandar 12 salsichas e uma perna de carneiro, por favor?"
Ele viu que dentro da boca do cachorro havia uma nota de 50 Reais.
Então, pegou no dinheiro, separou as salsichas e a perna de carneiro, colocou numa embalagem plástica, junto com o troco, e pôs na boca do cachorro.
O açougueiro ficou impressionado e como já era mesmo hora de fechar o açougue, ele decidiu seguir o animal.
O cachorro desceu a rua, quando chegou ao cruzamento deixou a bolsa no chão, pulou e apertou o botão para fechar o sinal.
Esperou pacientemente com o saco na boca até que o sinal fechasse e ele pudesse atravessar a rua.
O açougueiro e o cão foram caminhando, até que o cão parou numa casa e pôs as compras na calçada.
Então, voltou um pouco, correu e se atirou contra a porta.
Tornou a fazer isso. Ninguém respondeu na casa.
O cachorro circundou a casa, pulou um muro baixo, foi até a janela e começou a bater com a cabeça no vidro várias vezes.
Depois disso, caminhou de volta para a porta, e foi quando alguém abriu a porta e começou a ralhar com o cachorro.
O açougueiro correu até lá, dizendo:
- Por Deus, o que é que você está a fazer? O seu cão é um gênio!
A pessoa respondeu:
- Um gênio?
- Esta já é a terceira vez nesta semana, que o estúpido se esquece da chave!!!
Moral da História:
VOCÊ PODE CONTINUAR EXCEDENDO AS EXPECTATIVAS,
MAS PARA OS OLHOS DE ALGUNS IDIOTAS,
VOCÊ ESTARÁ SEMPRE ABAIXO DO ESPERADO.
(Uma bela mensagem que aborda este tema fundamental de como são importantes os cães em nossas vidas)
De vez em quando escuto alguém a dizer-me:
Pára com isso! É apenas um cão!
Ou então:
- Mas é muito dinheiro para se gastar com ele! É apenas um cão.
Essas pessoas não sabem do caminho percorrido, do tempo gasto ou dos custos que significam "apenas um cão".
Muitos dos meus melhores momentos me foram trazidos por "apenas um cão".
Por muitas horas em minha vida, minha única companhia tem sido "apenas um cão", e eu não me sinto desprezado.
Muitas de minhas tristezas foram amenizadas por "apenas um cão".
E naqueles dias sombrios, o toque gentil de "apenas um cão" me deu conforto e motivo para seguir em frente.
Se você também é daqueles que pensam que ele é "apenas um cão", com certeza deve entender bem expressões como "apenas um amigo", "apenas um nascer de sol", "apenas uma promessa"...
"Apenas um cão" deu à minha vida a verdadeira essência da amizade, da confiança, da pura e irrestrita felicidade.
"Apenas um cão" faz aflorar a compaixão e a paciência que fazem de mim uma pessoa melhor.
Por causa de "apenas um cão" eu me levanto cedo, faço caminhadas e olho com mais amor para o futuro.
Porque pra mim - e para pessoas como eu - não se trata de "apenas um cão", mas da incorporação de todos os sonhos e esperanças do futuro, das lembranças afectuosas do passado, da pura felicidade do momento presente.
"Apenas um cão" faz brotar o que há de bom em mim e dissolve meus pensamentos e as preocupações do meu dia.
Eu espero que algum dia algumas pessoas entendam que não é "apenas um cão", mas é aquilo que me torna mais humano e me permite não ser "apenas um homem".
Então, da próxima vez em que você escutar a frase "É apenas um cão", apenas sorria para essas pessoas porque elas apenas não entendem.
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24/08/2007
Sandra Dee
Se eu falasse com a lua...
e palavras eu dissesse...
proferi-las, eu pudesse,
quando o uivo se acentua...
Diria aos homens aquilo
que os lobos, da minha raça,
lhe contam: - É uma desgraça
ao ver um lobo - agredi-lo!
Tentam connosco acabar
os que se chamam d humanos(?!)
Gabam-se, tolos ufanos,
duma raça dizimar.
Que mal lhes fiz? Se os ataco,
a culpa é de quem consente
que encurtem, impunemente,
as matas. Não sou velhaco!
A caça, no meu terreno,
disputam d arma aperrada.
Para mim, é tudo ou nada;
então, o gado condeno.
Se me queixo à lua cheia
é no receio de morrer.
Uivo pra Deus convencer
a poupar a alcateia.
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9/05/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Se eu falasse, daqui de onde eu estou agora junto com todos os outros, eu diria à minha dona e a todos os donos que perderam os seus animais de estimação que nós os adoramos pelo muito que nos amaram e acarinharam.
Eu diria que podem e devem adoptar outros animais e amá-los tanto ou mais do que nos amaram a nós. Há demasiados necessitados nesse mundo cruel.
Bem hajam amigos donos e donas!
Velamos por vocês e pedimos compaixão para os v/pecados, em nome do amor que nos dedicaram.
Uau-au-au
(rabinho no ar a acenar)
Kimba
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(este quadro foi uma prenda duma amiga brasileira, Regina Mas, em homenagem ao Kimba).
Victor nasceu dia 05/11/1998
Viajou definitivamente dia 5/06/2008.
Após 10 anos de convivência, companheirismo, amor infinito e principalmente compreensão, Victor, meu Dachshund partiu ontem para o lado de Deus. Nos mistérios da morte ou outra vida, que ele espere por mim. Tenho fé que um dia nos reencontraremos. Nossa casa agora apresenta um vazio, um silêncio que dói no peito. Na hora das refeições, um prato a menos. Sua ausência ecoa em todos os ambientes daqui.
Quero portanto deixar minha homenagem a ele. Victor...que sua passagem seja tranquila e que o mal que te tirou de mim desapareça por completo agora...pois acredito que as doenças desse mundo desaparecem nessa passagem. Tenha-me contigo assim como o guardo em meu coração, meu grande amor!
" EU TENHO TANTO PRA TE FALAR, MAS COM PALAVRAS NÃO SEI DIZER....COMO É GRANDE O MEU AMOR...POR VOCÊ...."
Apesar da saudade que me machuca, aprendi a crer que na vida, a morte é apenas uma outra dimensão e no momento que Victor foi entregue nas mãos de Deus disse a ele que me aguardasse, pois creio que algum dia nos encontraremos de novo.
Tenho vários animais, mas ele era e continua sendo muito especial para mim, diferente dos outros. Me entendia no olhar. No mais, é deixar o tempo passar. Dói fazer um prato de comida a menos, olhar o lugarzinho dele na minha cama vazio. Ele era diabético e me requisitava muitos cuidados. Resumindo, parece que um pedaço de mim se foi para longe.
Bem, o primeiro bom momento foi quando do eu o adquiri aqui no Brasil, no Estado de Minas Gerais. Eu moro em São Paulo e estava viajando. Quando o vi naquela gaiolinha o adorei de primeira! Veio pra casa comigo em Novembro de 1998.
Outros momentos foram todos maravilhosos...assistia TV comigo, sempre precisava estar junto de meu corpo, era muito ciumento...pela carinha dele se vê que doce de "menino" ele era.
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Sophia
Esta história é verdadeira e aconteceu comigo, eu só tinha 5 anos, mas me lembro como se fosse hoje.
Que surpresa meus pais me reservaram para aquela noite. Dentro de uma caixinha cheia de furinhos descobri que meu presente era vivo, a caixinha toda amarrada com laços vermelhos, não pude me conter em desata-los e imediatamente eu abri e vi aqueles olhinhos escuros me olhando e o rabo abanando, foi amor a primeira vista. Amor que cultivo até hoje pelos cães e outros animais, amor que cresceu comigo e me ensinou o que é a sincera amizade.
Era um cãozinho branquinho, com manchas beges, olhos negros e que eu chamei de Toddy.
Toda minha infância se passou ao lado do meu cão, mas um dia quando eu não estava em casa ele pegou uma porta aberta e fugiu, com certeza estava me procurando, como não estava acostumado em ir a rua, ficou muito assustado. Logo assim que eu cheguei do colégio e senti a sua falta, accionei meu pai, coloquei toda família em busca pela vizinhança, mas nada.
A noite caiu e eu apavorado... como estaria meu amigo, se ele estava com fome, com frio, foi assustador, assim você se sente inútil e pequeno.
No dia seguinte meu pai colocou anúncio no jornal, a situação era igual ao comercial que o Jornal Globo veiculou a alguns anos; três dias depois o telefone toca e uma senhora diz que recolheu aqui perto, a apenas uma quadra da minha, um cãozinho com as características do meu, ao chegarmos lá, ela repetiu que teríamos que provar que aquele era mesmo o nosso cão. Para surpresa dela quando Toddy ouviu a minha voz, saiu dos fundos da casa correndo em minha direcção, a alegria do reencontro bastou como prova necessária.
Voltamos para casa felizes e ficamos amigos da família que havia salvo meu companheiro e amigo.
Toddy foi meu parceiro de todas as brincadeiras, ele estava sempre presente, fomos crescendo juntos.
O tempo foi passando e a nossa amizade era cada vez mais forte, eu já estava com 20 anos quando o meu amigo, já bem velhinho morreu.
Seu amor por mim frutificou, hoje (aos 50 anos) enquanto escrevo este texto ao computador, estou com a Cocada, (foto acima), minha nova paixão, deitada aos meus pés.
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11/03/2006
Álvaro Ramos
criador, ex-presidente do Siberian Husky Club
e editor do Jornal Cães Animais & Co.
caescompany@globo.com
Se queres alguém que coma tudo o que lhe puseres à frente e nunca te diga que a comida que a mãe dele faz é melhor
Se queres alguém que esteja sempre desejoso de sair, a qualquer hora, para ir contigo onde tu quizeres ir e durante o tempo que te apetecer
Se queres alguém que nunca toque no controlo remoto, não ligue ao futebal e se sente ao teu lado enquanto vês os filmes românticos
Se queres alguém que fique contente de saltar para a tua cama só para te aquecer os pés e que podes pôr fora se ressonar
Se queres alguém que nunca critique o que fazes, que não se importe se estás feia ou bonita, gorda ou magra, velha ou nova, que se comporta como se cada palavra tua é digna de especial atenção e te ame incondicionalmente para sempre
COMPRA UM CÃO!
Mas, se em vez disso, queres alguém que nunca vem quando tu o chamas, que te ignore completamente quando chegas a casa, deixa pêlo pela casa toda, anda por cima de ti, vagabundeia toda a noite, que só vem a casa para comer e dormir e que age como se toda a tua existência se destinasse só e inteiramente a fazê-lo feliz...
COMPRA UM GATO!
Aposto que pensavas que eu ia dizer para arranjares um homem... hahahahaha
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23/06/2007
Art. recebido via Internet, s/autoria
A verdade, porém, é que não há nenhuma lógica nesta droga de mundo.
Pra quê uma tartaruga terrestre, das Ilhas Galápagos, tem que viver até 150 anos?
Um cão dura pouco porque todos os carnívoros duram pouco, inclusive os ferozes, como o leão, o tigre, etc.
O mesmo acontece com seres humanos que se alimentem de muita carne, excluindo em excesso os vegetais.
Aqui no Brasil, os gaúchos, os pampeiros de verdade, morriam cedo, até descobrirem que comiam churrasco em demasia.
Acho que também não vou durar muito...
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27/07/2006
Ana Suzuki
Quisera eu dormir na frente da lareira,
no tapete da sala, sonhar a vida inteira.
Quisera eu dormir em paz, como a criança
cujo rosto reflecte bem estar e confiança.
Quisera eu dormir como aquela criança
cuja vida está prenhe de sonho e bonança.
Quisera eu dormir no colo dum amigo,
como aquela criança, num cão, encontra abrigo.
Quisera eu dormir quente e aconchegada,
como aquela criança, junto ao seu cão, deitada.
Quisera eu dormir mais o meu companheiro.
Ambos deitados, juntos por mais um ano inteiro.
Quisera eu dormir e voltar a acordar
tendo ao meu lado o cão que Deus me quis levar.
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15/02/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Se eu gosto, é meu.
Se estiver na minha boca, é meu.
Se eu posso tirar de você, é meu.
Se estava comigo até agora pouco, é meu.
Se for meu, nunca vai ser seu.
Se existem brinquedos eles são todos meus.
Se eu morder e se partir, todos os pedaços são meus.
Se parecer meu, é meu.
Se eu tiver visto primeiro, é meu.
Se você estiver brincando com alguma coisa e cair no chão, automaticamente se tornará meu.
Se eu pensar que é meu, é meu.
Se estiver quebrado, é seu!
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Confira este texto e muitos outros no site de auxílio aos animais:
http://sosanimais.zip.net/index.html
Tina - Junho 2003
Peço perdão a Deus por ter tanto apego às pessoas, plantas, lugares e aos animais.
Converso com eles... Cuido como se fossem gente. Não nego. Penso ter um coração diferente dos demais.
Sofro e sinto muita saudade da Tina, cadelinha que escolhi para em meu lar e com meus filhos viver. Acompanhei todas as fases de sua vida, e no seu parto vi nascerem cinco filhotinhos...
Foi um parto difícil, mas com ele aprendi o que jamais aprenderia sobre o amor e afeição existente nos animais. Os bichinhos nos envolvem e fazem parte da nossa vida. São dóceis, inteligentes, e captam o amor da gente.
E se é deles esta sorte, somos responsáveis por sua vida até que nos separe, a morte.
Pensem o que quiserem. Critiquem como quiserem, outras pessoas. Mas minha forma de amar é só uma! E quem cuida destes animaizinhos sabe que não afirmo novidade alguma.
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Emiele
Belo Horizonte - 18 de Agosto de 2006 -11:31 horas.
Nota:
Esclareço a todos que ninguém me escreveu criticando por chorar o desaparecimento de nossa cadelinha, mas sei que os que não cultivam uma afeição pensam que exagero.
Muito obrigada Deus, pelos preciosos amigos e amigas!
''Todos os seres vivos do planeta têm uma missão a cumprir. E nós, os seres humanos, temos de cuidar deles, e cuidar de nós mesmos.''
Por que os cães não vivem tanto quanto as pessoas?
Sou veterinário, e fui chamado para examinar um cão da raça Wolfhound Irlandês chamado Belker. Os proprietários do animal, Ron, sua esposa Lisa, e seu garotinho Shane, eram todos muito ligados a Belker e esperavam por um milagre.
Examinei Belker e descobri que ele estava morrendo de câncer.
Eu disse à família que não haveria milagres no caso de Belker, e me ofereci para proceder a eutanásia para o velho cão, em sua casa.
Enquanto fazíamos os arranjos, Ron e Lisa me contaram que estavam pensando se não seria interessante deixar que Shane, de quatro anos de idade, observasse o procedimento.
Eles achavam que Shane poderia aprender algo da experiência.
No dia seguinte, eu senti um "aperto na garganta", enquanto a família de Belker o rodeava.
Shane, o menino, parecia tão calmo, acariciando o velho cão pela última vez, que eu imaginei se ele entendia o que estava se passando.
Dentro de poucos minutos, Belker foi-se, pacificamente.
O garotinho parecia aceitar a transição de Belker sem dificuldade ou confusão.
Nós nos sentamos juntos um pouco após a morte de Belker, pensando alto sobre o triste facto das vidas dos animais serem mais curtas que as dos seres humanos.
Shane, que tinha estado escutando silenciosamente, saltou:
- Eu sei porquê.
Abismados, nós nos voltamos para ele. O que saiu de sua boca me assombrou. Eu nunca ouvira uma explicação mais reconfortante.
Shane disse:
- "As pessoas nascem para que possam aprender a ter uma boa vida, como amar todo mundo todo o tempo e ser bom, certo?"
O garoto de quatro anos continuou...
- Bem, cães já nascem sabendo como fazer isto, portanto não precisam ficar por tanto tempo.
Algum de nós tem algo a acrescentar ou será que aprendemos alguma coisa?...
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27/07/2006
Texto recebido via Internet, s/autoria
O Rottweiler é sem dúvida um belo animal, com sua cor preta brilhante, luzidia com marcas fogo ou castanhas avermelhadas na cara, no focinho, acima dos olhos, na garganta, no peito, nas pernas dianteiras e traseiras e em baixo da cauda.
Seus olhos são de tamanho médio, amendoados e castanhos bem escuros. Seu olhar é doce, firme, penetrante, inteligente, amigável e tranquilo, além de inspirar confiança e transmitir sinceridade, fidelidade, suavidade e calma. Não devemos esquecer que, apesar dessas características dóceis e da lealdade desse animal, a força desse cão nunca deve ser subestimada.
O Rottweiler é realmente um cão de personalidade e carácter: correcto, calmo e sincero. Ele não apresenta características traiçoeiras como outros cães, pois não finge ou disfarça, mas ataca e morde logo, quando considera isso necessário ou quando for treinado para agir em certas situações.
Devido à sua personalidade, agrada quando quer e sente prazer com isso, ou então se afasta da pessoa. Se ela tentar forçar um agrado ele simplesmente rosna, mas se a pessoa insistir, o cão a morderá na hora. Não guarda rancores e pouco depois de um ato hostil (como rosnar ou morder), pode estar todo alegre, brincando e agradando a mesma pessoa para a qual rosnou ou mesmo tenha mordido.
O mais importante que devemos considerar sobre o Rottweiler, é que é apegado à casa do seu dono, é dócil, inteligente, fiel, meigo, obediente, tem muita amizade a seu dono e está sempre disposto a fazer o que lhe mandam. É muito equilibrado, adapta-se bem a qualquer ambiente, é muito corajoso e até agressivo para defender o seu dono, quando este é atacado, e o faz com todas as suas forças. É ainda muito afectuoso com as crianças, que se dão muito bem com ele, devido ao seu temperamento e modo de ser. Além de ser um óptimo cão de companhia é um excelente cão de guarda, corre bem e serve, ainda, até como cão de caça.
Quando não vive solto, é necessário que faça exercício, o que é bom para sua saúde, para descarregar as suas energias, para que fique sempre em forma e para que não se sinta preso, desprezado ou abandonado.
Origem da raça
Os Rottweilers têm sua origem na Roma Antiga, dos famosos imperadores. Seus ancestrais foram os molossóides, cães inteligentes, muito resistentes e semelhantes ao tipo mastiff. Naquela época, tomava conta de rebanhos, além de servirem, também, como cães de guarda. Esses cães eram, provavelmente, descendentes do famoso mastim do Tibet.
Quando os romanos invadiram a Suíça e a Alemanha, mais ou menos no ano 74 d.C., levaram suas Legiões e muito gado, conduzindo e guardado por esses cães boiadeiros que eram, também, excelentes guardas.
Os romanos se mantiveram nessas regiões que eles denominaram Arae Flaviae e, quando daí foram expulsos pelos Swabianos, mais ou menos no ano 260 d.C., deixaram esses cães espalhados desde o Cantão de Allgau, na Suíça, até as regiões de Nacka e Rottweil, situadas ao sul de Württemberg, na Alemanha, nas quais esses cães, provavelmente, continuaram com as suas funções de boiadeiros e de guardas. São esses cães considerados como os ancestrais dos Rottweilers actuais, aceitos como pertencentes a uma raça alemã, originária da região de Rottweil.
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1/03/2006
Dr. Márcio Infante Vieira
msn.com.br
Por Adriana Mori
Segundo psicólogos americanos, o assunto é mais importante do que parece
A perda trágica de um pet, deveria ser vista com mais seriedade.
Segundo o psicólogo americano Larry Lachman, a morte de um animal traz efeitos semelhantes à perda de um ente querido. Há 16 anos, o Dr. Lachman vem dando apoio psicológico a grupos de pessoas que perderam os seus bichos de estimação.
O Dr. Lachman diz que a morte de um animal de estimação é uma perda verdadeira e a dor deve ser respeitada. "As pessoas sofrem proporcionalmente ao que amaram o animal. Perdas muito grandes podem demorar de seis meses a quatro anos para serem superadas", diz Lachman. Para ele, a sociedade em que vivemos lida com o medo da morte negando-a, o que piora o sofrimento causado pela perda.
Para quem está sofrendo com a partida de um pet, o psicólogo dá algumas dicas. "Perder, sofrer, curar, entender, tudo faz com que aprendamos e cresçamos como pessoas", diz Lachman.
- Extravase seus sentimentos
- Proteja-se em um casulo emocional
- Descanse bastante, perder alguém importante cansa bastante
- Respeite a importância de sua perda
- Seja paciente com o processo de aceitação de sua perda
- Não pare de se alimentar
- Coloque as coisas em perspectiva e leve seu sofrimento a sério
- Procure pessoas que compreendam sua situação ou que estejam vivendo a mesma situação para conforto
Conheça as fases do luto
Segundo Jennifer Marshall, conselheira expert em lidar com a perda de pets, a dor pela morte de um animal de estimação pode ter diferentes estágios.
A perda começa no momento em que o pet morre e vem acompanhada pelo sentimento de impotência que pode durar de horas a semanas. É um período descrito normalmente como "irreal" (vivido, por exemplo, por quem opta pela eutanásia do seu animal). Pessoas nessa fase podem ter ideias confusas, indiferença, pensar em suicídio, sentir-se impotente, euforia ou histeria, sentir-se fora de seu corpo, ficar subitamente falante demais e negar a perda.
Quando a saudade do bicho que se foi aperta muito, passamos para a fase de procura. Nesse estágio, o dono se ocupa com pensamentos do animal morto, sonha com ele e chega a ver ou ouvir o bicho chamando. Sentimentos comummente descritos são tristeza, medo, raiva, irritabilidade, culpa e carência. Às vezes a raiva não é direccionada à perda, mas sim a alguém da família, o veterinário, a si mesmo ou a Deus. A pessoa pode de repente ter uma crise de choro e fisicamente, pode ficar doente, sentir dor e ter alterações bruscas de peso, cansaço e mudança no apetite.
Na fase de desorganização, acontece a volta e a adaptação à vida sem o pet, o que pode causar um pouco de confusão, já que a pessoa necessita avaliar e aprender novas formas de organizar a vida (por exemplo, como preencher aquele espaço vazio sem que alguém venha cumprimentar pelo "progresso").
As pessoas que sofrem se esquecem que a dor é um processo e por meio dele, aprende a lutar contra ela. O pet que se foi não será esquecido, mas o dono aprende a viver com essa perda e reorganiza sua vida. A intensidade da dor diminui e as pessoas descobrem que elas ainda podem comer e dormir, até ter novos pets. A tristeza e as lágrimas podem acontecer, bem como as alegrias de ter de novo um pet em casa.
Apoio garantido
Nos Estados Unidos, existem grupos especializados em dar apoio psicológico a pessoas que perderam seus pets. A American Pet Loss and Bereavement www.aplb.org, entidade sem fins lucrativos que reúne conselheiros especializados em lidar com a dor da perda de animais de estimação. "Trata-se de um serviço muito importante, pois se a conexão entre o proprietário e o pet era forte, o sofrimento causado pela morte do animal é muito intensa e se não tratada, o trauma pode trazer sérias consequências. No caso de deficientes, essa perda é ainda mais crítica", diz Cheryl Nahas, conselheira responsável por cães de serviço da APLB.
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Aquela tua calma, meu amor,
sobriedade própria dum senhor,
lá muito para trás ficou retida.
Fiz, do meu coração, um camiseiro.
São tantas, as gavetas... um chaveiro
permite que só eu abra, escondida.
Hoje, tentei abrir uma, emperrada.
Puxei, puxei, e não saía nada;
talvez por estar demasiado cheia.
De cima retirei outra, espreitei:
vazia a encontrei, nada lhe achei...
a não ser, uns pequenos grãos de areia.
Então, lembrei das tardes junto ao mar.
Quando eu dizia: - Vá, vá-se lavar!
E mergulhavas na água, p'lo mar fora.
Voltavas, ofegante diabrete,
rebolavas na areia, qual croquete,
e repetia-se a cena a toda a hora.
Tentei meter a gaveta retirada,
para tapar a outra; e, arrumada
deixar aquela bem-aventurança.
De novo, foi difícil encaixá-la.
Vazia parecia, mas fechá-la
era difícil, meu cão. Tanta lembrança!...
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7/11/2003
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Minhas posses materiais são poucas e eu deixo tudo para você...
Uma coleira mastigada em uma das extremidades, faltando dois botões, uma desajeitada cama de cachorro e uma vasilha de água que se encontra rachada na borda.
Deixo para você a metade de uma bola de borracha, uma boneca rasgada que você vai encontrar debaixo da geladeira, um ratinho de borracha sem apito que está debaixo do fogão da cozinha e uma porção de ossos enterrados no canteiro de rosas sob o assoalho da minha casinha.
Além disso, eu deixo para você a memória, que aliás são muitas.
Deixo para você a memória de dois enormes e meigos olhos cor de mel, de um nariz molhado e de choradeiras atrás da porta.
Deixo para você uma mancha no tapete da sala de estar junto à janela, quando nas tardes de Inverno eu me apropriava daquele lugar, como se fosse meu, e me enrolava feito uma bolinha para pegar um pouco de sol.
Deixo para você um tapete esfarrapado em frente de sua cadeira preferida, o qual nunca foi consertado com o tipo de linha certo....isso é verdade.
Eu o mastiguei todinho, quando ainda tinha cinco meses de idade, lembra-se?
Também deixo para você as memórias da primeira surra que levei quando comi seu celular e também todo o meu esquecimento ...
Deixo para você um esconderijo que fiz no jardim, debaixo dos arbustos perto da varanda da frente, onde eu costumava me esconder do sol nos dias de verão.
Ele deve estar cheio de folhas agora e, por isso, talvez você tenha dificuldades em encontrá-lo.
Sinto muito!
Deixo também só para você, o barulho que eu fazia ao sair correndo sobre as folhas de Abril, quando vagabundeávamos pelo sítio.
Deixo ainda a lembrança de momentos, pelas manhãs, quando saíamos juntos pela margem das lagoas do condomínio e você me dava aqueles biscrocks coloridos.
Recordo-me das suas risadas, porque eu não consegui alcançar aquele coelho impertinente.
Deixo-lhe como herança minha devoção, minha simpatia, meu apoio quando as coisas não andavam bem, meus latidos quando você levantava a voz aborrecido...
e minha frustração por você ter ralhado comigo todas as vezes que eu colocava o nariz debaixo da cauda.
Eu nunca fui à igreja, nunca escutei um sermão, e sem ter dito sequer uma palavra em minha vida, deixo para você lições de paciência, tolerância, amor e compreensão.
Sua vida tem sido mais rica porque eu vivi.
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18/08/2002
Frank Reinshstein
Não tenho nenhuma dúvida de ter decidido o que era melhor pra ela, que tinha osteoartrite degenerativa e estava sob controle até atingir a coluna vertebral...
Amanhã mando uma foto recente. Quanto a escrever algo sobre ela, não sei se, nem quando conseguirei...
Por enquanto, veja na minha HP http://paginas.terra.com.br/arte/janice/
- entre em ANIMAIS, depois em APRESENTAÇÃO... e depois em slide 9 - fotos da Dan em várias etapas da curta vida que ela teve.
para saber porque a vida dela foi tão curta (5 anos)
Leia mais AQUI , abaixo da foto das duas cadelas.
OBS:os ANIMAIS, ali registrados, todos já se foram e a Dan foi a última...
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Estou muito triste, mas estou tranquila pois sei que fiz tudo que me foi possível e preferi não vê-la morrer aos poucos de fome e de dor, pois ela já não queria mais comer nem tomar remédio e não merecia um fim tão triste.
E ela já havia desistido do lutar... o vet resistiu e argumentou, mas eu consegui manter minha decisão e ele acabou se rendendo.
Felizmente, um dos meus filhos veio na hora, entrou no canil c/o vet e acompanhou de perto até o fim: deve ter sido um alento pra ela, que gostava muito dele... bem, pra mim foi um factor de tranquilidade.
Vou arrumar outro cachorrão, sim. Mas quero me dar algum tempo antes de encarar outro filhote (o Dog [meu Lhasinha preto] está "saindo das fraldas":-))) e vai ser castrado depois dos feriados) preciso de descanso e filhote dá trabalho e despesa.
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6/09/2006
Janice Maria da Silveira
http://paginas.terra.com.br/arte/janice/
(tchau Mine)
A Mine (Jasmine - 7 anos) passou pela minha vida e me trouxe muitas e inesquecíveis alegrias. Ontem ela se foi... eu acredito q os bichos não têm espírito, mas como toda matéria viva, têm energia, e que esta energia sai do corpo do animal morto e se reintegra à natureza de alguma forma... assim é que ontem, quando o veterinário saiu daqui levando o corpanzil da minha grandoninha, eu senti uma dor enorme, mas sei que muita energia boa espalhou-se pela natureza e ela pode estar integrando cada plantinha que floresce, cada árvore frondosa ou cada nuvem ou estrela.
A Mine me olhava com imensa ternura e me trouxe segurança, pelo muito de confiança que ela demonstrava ter em mim...
Quanto a mim, apesar de muito triste, sinto-me segura e envaidecida por ter tido uma 'amigona' tão forte, valente e fiel.
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29/03/2006
Janice da Silveira
http://paginas.terra.com.br/arte/janice/
Lembra meu caro, quando nos vimos pela primeira vez?
Você tinha apenas alguns meses de idade.
Seus olhos eram verdes..... sua cor marrom.......
Oh!! Meu Deus que coisa Linda!!!!!!
Minha mãe já te amava.........
Foi amor a primeira vista.
Nós, porém lhe causamos uma grande dor, pois o separamos de seus pais, irmãos amigos.
Então o Mauricio te carregou no colo e levou-o para minha casa.
Sei que no começo você estranhou um pouco, mas devagar foi se soltando, correndo, brincando de esconde-esconde, bola e gol e
mordidinhas nos meus calcanhares.
Lembra? Foi tão bom aquele tempo, não foi?
Não havia tanta violência como hoje, podíamos andar à vontade.
E você foi crescendo, crescendo, e se tornou adulto.
E cuidou muito de mim.....
É bem verdade que matreiro poderia ser o seu segundo nome.
Brincávamos sempre, de esconde-esconde e de bola.
Que susto! Que dor! Você ficou doente.............
Eu não entendia ......meu melhor amigo tem epilepsia!
Sem qualquer aviso o ataque vinha........ Seus olhos lacrimejantes suplicavam-me que fizesse alguma coisa.
Muitas vezes supliquei a Deus ..., que fizesse alguma coisa.....
O médico não conseguia resolver o "seu problema e muito menos o "meu" também.
Como poderia ficar tranquila diante do seu sofrimento?
Tínhamos um medicamento humano.... Gardenal.....
Mas não adiantou... Os ataques continuavam frequentes.......
Você foi internado.....
Uma injecção perfurou-lhe a veia e sangrou-me o coração.
Uma sonda extraiu-lhe a urina e sugou-me a alma.
E o milagre não aconteceu.
E mais uma vez meu coração parecia não mais bater, simplesmente me espancava,,,,,,,,
Nem minhas lágrimas mais me confortavam........
Mas enquanto a sua saúde saia pela porta, a vida nos escapava pela janela...
Mentimos para nós que éramos fortes.
Camuflamos os sentimentos para nos protegermos da solidão.
Disfarçamos as lágrimas para nos pouparmos da angústia.
Nós sofríamos a mesma saudade e dissimulávamos o mesmo soluço.
E nos unimos no companheirismo, no respeito, na compreensão e no silêncio.
Fomos atados pela mesma dor.
Você se foi e eu me tornei infeliz.
A alegria não mais voltava ao lar.
Agora, quando me aparto de você levo o seu olhar suplicante a me dizer:
- Não Morri " Eu estou dentro do teu coração. E, então, eu volto correndo para me agarrar ao seu amor.
E, cada vez mais, me constranjo em afastar-me de você.
Cada vez mais me prendo ao seu destino.
A cada nova recordação é uma festa de carinhos. É uma algazarra de atenções.
E continuamos a nossa brincadeira de esconde-esconde.
Mas agora, somos, eu e você, a escondermo-nos da vida.
Logramos superar as adversidades da vida.
É preciso que o mundo saiba desse nosso relacionamento. É preciso que as pessoas entendam que existe a possibilidade de união entre seres que se dependem.
É preciso que os seres vivos se unam no mais sublime dos sentimentos - o amor.
Mas neste mundo hostil a humanidade é adversa.
Quem nos entenderá?
Uns serão indiferentes, outros aprovarão, muitos ridicularizarão, e a maioria jamais compreenderá
o significado desta afeição.
Não importa!
Mas se, em algum momento, alguém, lendo estas linhas, se enternecer com a nossa história...
Se existir um coração, em algum lugar, que compartilhe deste sentimento...
Se alguma gotinha de lágrima, por mais disfarçada que seja, rolar de alguma alma comovida...
Ou, se apenas um breve sorriso de carinho brilhar nos olhos emocionados de qualquer criatura sensível...
Então nós diremos:-
VALEU A PENA ESTA HOMENAGEM AO AMOR...
Porque...
Todos os cães merecem o céu
NOS TE AMAMOS MEU GRANDE AMIGO LOBÃO!!
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Cynthya Lins & Mauricio
http://www.amigolobao.com
«BUBA» saudades
Um homem, seu cavalo e seu cão, caminhavam por uma estrada.
Depois de muito caminhar, esse homem se deu conta de que ele, seu cavalo e seu cão haviam morrido num acidente.
Às vezes os mortos levam tempo para se dar conta
de sua nova condição...
A caminhada era muito longa, morro acima, o sol
era forte e eles ficaram suados e com muita sede.
Precisavam desesperadamente de água.
Numa curva do caminho, avistaram um portão magnífico, todo de mármore, que conduzia a uma praça calçada com blocos de ouro, no centro da qual havia uma fonte de onde jorrava água cristalina.
O caminhante dirigiu-se ao homem que numa guarita, guardava a entrada.
- Bom dia - ele disse.
- Bom dia - respondeu o homem.
- Que lugar é este, tão lindo - ele perguntou.
- Isto aqui é o céu - foi a resposta.
- Que bom que nós chegamos ao céu, estamos com muita sede - disse o homem.
- O senhor pode entrar e beber água à vontade - disse o guarda, indicando-lhe a fonte.
- Meu cavalo e meu cachorro também estão com sede.
- Lamento muito - disse o guarda - Aqui não se permite a entrada de animais.
O homem ficou muito desapontado porque sua sede era grande. Mas ele não beberia deixando seus amigos com sede. Assim, prosseguiu seu caminho.
Depois de muito caminharem morro acima, com sede e cansaço multiplicados, ele chegou a um sítio, cuja entrada era marcada por uma porteira velha semi aberta.
A porteira se abria para um caminho de terra, com árvores dos dois lados que lhe faziam sombra.
À sombra de uma das árvores, um homem estava deitado, cabeça coberta com um chapéu, parecia que estava dormindo.
- Bom dia - disse o caminhante.
- Bom dia - disse o homem.
- Estamos com muita sede, eu, meu cavalo e meu cachorro.
- Há uma fonte naquelas pedras - disse o homem e indicando o lugar - Podem beber a vontade.
O homem, o cavalo e o cachorro foram até a fonte e mataram a sede.
- Muito obrigado - ele disse ao sair.
- Voltem quando quiserem- respondeu o homem.
- A propósito - disse o caminhante - qual é o nome deste lugar?
- Céu - respondeu o homem.
- Céu? Mas o homem na guarita ao lado do portão de mármore disse que lá era o céu!
- Aquilo não é o céu, aquilo é o inferno.
O caminhante ficou perplexo.
- Mas então - disse ele - essa informação falsa deve causar grandes confusões.
- De forma alguma - respondeu o homem - Na verdade, eles nos fazem um grande favor. Porque lá ficam aqueles que são capazes de abandonar seus melhores amigos...
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24/09/2005
Sueli
Amamos nossos cães pelo fato de que aprendemos com eles a verdadeira e inexplicável dimensão do amor.
O verdadeiro amor incondicional...
A total e pura entrega...
Enfim, aqui vai um texto belíssimo aos amantes desses bichinhos que só nos dão alegrias.
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ESCURIDÃO!
Nenhum outro animal compartilhou tanto com o homem quanto o nosso cão doméstico. Na verdade, nos últimos doze mil anos essa espécie trocou a sua liberdade por uma relação incerta com a espécie humana.
A amizade entre o homem e o cão alcançou o ápice de nossa experiência. O animal foi um silencioso e nunca festejado companheiro no início da era do Homo Sapiens. Mais tarde, rotulado como um objecto desprezado de superstição, foi chamado de "lobisomem", ou coisa pior, mesmo tendo desempenhado acções relevantes, como parceiro e companheiro amado.
Mesmo desprezados, explorados ou acariciados, os cães continuaram nossos mais leais companheiros. Eles caçam, divertem, fazem companhia, vão à guerra e têm sido ao mesmo tempo usados e recompensados por algum e raro ser humano.
Mas por que os seres humanos gostam de cães? Quando pequenos são engraçadinhos? Quando adultos nos dão segurança? Os com pedigree são símbolos de status? Porém, ultimamente, amamos os cães porque eles simplesmente nos amam.
Nossa amizade com os cães é uma relação simbiótica, que desafia a explicação racional.
Esse animal talvez seja uma criatura selvagem a ser domesticada e acariciada, um espelho que reflecte nossas principais emoções, um participante dos nossos lamentos, um ser que contribui para nossa felicidade ou um portador de paz.
Não sabemos porque os cães nos amam, seja o seu "dono" rico ou aquele que dorme a céu aberto tendo como anjo da guarda ao seu lado, o cão.
Parece que esse desconhecimento nunca vai ser revelado ao ser racional. Para isso teríamos que ser altruístas o tempo todo. Impossível. A nós, pensadores e tão cheios de explicações lógicas, o que resta é admirar esse desconhecido e respeitoso mundo animal.
Este texto é dedicado àqueles que amam os animais e, por conseguinte, à própria vida.
" Dentro de um cão existe uma escuridão pra se ler..."
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Recebido via Internet, s/autoria
Existem pessoas que não gostam de cães.
Estas, com certeza, nunca tiveram em sua vida um amigo de quatro patas.
Ou, se tiveram, nunca olharam dentro daqueles olhos para perceber quem estava ali.
Um cão é um anjo que vem ao mundo ensinar amor.
Quem mais pode dar amor incondicional, amizade sem pedir nada em troca, afeição sem esperar retorno, protecção sem ganhar nada, fidelidade vinte e quatro horas por dia?
Ah, não me venham com essa de que os pais fazem isso, porque os pais são humanos.
E quando os agredimos eles ficam irritados e se afastam...
Um cão não se afasta mesmo quando você o agride.
Ele retorna cabisbaixo pedindo desculpas por algo que talvez não tenha feito, lambendo suas mãos a suplicar perdão.
Alguns anjos não possuem asas; possuem quatro patas, um corpo peludo, nariz de bolinha, orelhas de atenção, olhar de aflição e carência.
Apesar dessa aparência, são tão anjos quanto os outros, (aqueles com asas), e se dedicam aos seus humanos tanto quanto qualquer anjo costuma dedicar-se.
Às vezes um humano veste a capa de anjo.
Sai pelas ruas a catar alguns anjos abandonados à própria sorte, cura-lhes as feridas, alimenta-os, abriga-os... Só para ter a sensação de haver ajudado um anjo!...
Deus, quando nos fez humanos, sabia que precisaríamos de guardiões materiais que nos tirassem do corpo as aflições dos sentidos e nos permitissem sobreviver a cada dia... com quase nada... além do olhar e da lambida de um cão.
Que bom seria se todos os humanos pudessem ver a humanidade perfeita de um cão!
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Irinea Pereira Leite Bonini
... do teu amor, a saudade.
Guardei as tuas coisas, meu amor,
perfume duma época passada.
O início da casa... o teu calor...
a alegria... não tenho mais nada
de teu. Ficaram as recordações
que cabem numa caixinha, fechada.
O teu nome, uma data, uma medalha
e as fotos de nós dois. Estás tão bem!
Ah! Igualmente, guardei restos da tralha
com que brincámos juntos. Sim, também!
Lembro o toque sedoso... algo roçado
por mim. Como tu, não tive ninguém!
Tentar substituir-te... já tentei
fazer como o ditado português
que diz: «rei morto, rei posto». Hmmm, não sei...
comigo não resulta. É como vês!
Choro a tua morte, KIMBA, meu cão.
O teu lugar não preenchem dois ou três.
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31/10/2002
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
Mesmo na guerra, um soldado bem armado
sente saudade da família. Inconformado,
abre a mochila e mostra aos outros o amigo
que ajuda a amenizar-lhes o perigo.
Um animal traz a lembrança duma vida
numa cidade, ou numa aldeia escondida.
Lembra os amigos, o café e o cinema;
flores, varandas e, no campo, a alfazema.
Triste, é a vida, dum homem amargurado
num mundo novo onde, prà guerra, foi mandado.
Quem o mandou, vestiu, com estranha indumentária...
pra lá não vai. Senta-se atrás da secretária.
Se ele regressa, enlouquecido ou mutilado
sente-se um outro. Foi da pátria-soldado!
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28/02/2005
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
E quando chegar o meu último e mais difícil momento,
o de minha partida,
FIQUE COMIGO e não diga "NÃO POSSO VER ISSO".
Com a sua presença, tudo será mais fácil para mim.
A fidelidade de TODA A MINHA VIDA
deverá compensar esse momento de dor.
Sentindo o seu carinho,
partirei sabendo que a minha vida de cachorro valeu a pena!
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10/02/2005
Laura B. Martins
Minha saudade nasce no meio da noite,
comprida como a estradinha de areia branca
que dribla as casas, sobe o morro
e vai mergulhar no rio Capivari.
Na minha infância a noite era densa e pesada.
Nela apenas os vaga-lumes
salpicavam a paisagem com seus holofotes.
As histórias eram revestidas de mistérios.
Nunca soube quem era a Mãe do Ouro,
mas meu tio João Cesário jurava tê-la visto um dia
e seus olhos brilhavam, enfeitando a narrativa.
Meu irmão José viu, certa feita,
no escaldante calor do meio-dia,
um caixão de defunto que sobrevoava a estradinha.
Fantasmas, assombrações, gemidos e gargalhadas
habitavam a vida dos ilhotenses.
Na minha infância eu era um menino pobre
que brincava no terreiro de chão batido
com meus bois de sabugo de milho.
Companheiro inseparável, o cão Piloto
tangia meu rebanho imaginário.
Um dia apareceu cabisbaixo, babando, triste.
A espingarda de meu pai cuspiu fogo sobre ele.
Ainda hoje tenho a sensação de que, vez por outra,
um bago de chumbo se desprende na minha alma,
perpetuando os efeitos daquele tiro fatal.
A estradinha continua lá,
branquinha, branquinha, a combinar com a cor
que hoje têm os meus cabelos.
Inertes e espalhados pelo pasto,
dormem os sabugos de milho.
Esperam que um dia o menino retorne
para lhes trazer novamente a vida,
quem sabe, ainda a tempo de transportar mandioca
para a próxima farinhada.
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Solange Rech
É apenas uma imagem,
mas diz muito da saudade
dos donos do Floco de Neve.
Uma imagem composta,
enquanto as lágrimas
se soltam docemente
e o coração se aperta.
Ver o «Blog do Gato Floquinho»
em http://laurabmartins06.blogs.sapo.pt
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Laura
Plácido
Sónia
Plácido jr.
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Nosso amado gato que foste a companhia do nosso amado cão Kimba.
Jamais te esqueceremos!
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Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre esperava por ele, fazendo grande festa ao avistá-lo.
Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se o beijasse.
O Chico então dizia :
- Ah Boneca , estou com muitas pulgas!!!!
Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o focinho.
Boneca morreu velha e doente. Chico sentiu muito a sua partida.
Envolveu-a no mais belo xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não sem antes derramar muitas lágrimas.
Um casal de amigos, que a tudo assistiu , na primeira visita de Chico a São Paulo, ofertou-lhe uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca.
A filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor, e os presentes a pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta.
A cachorrinha recebia afagos de cada um.
A conversa corria quando Chico entrou na sala e alguém colocou em seus braços a pequena cachorra.
Ela, sentindo-se no colo de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo.
- Ah Boneca , estou cheio de pulgas !!! disse Chico
A filhotinha começou então a caçar-lhe as pulgas e parte dos presentes, que conheceram a Boneca, exclamaram: "Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca, Chico !! "
Emocionados perguntamos como isso poderia acontecer.
O Chico respondeu :
- Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir,
os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta.
É, Boneca está aqui, sim, e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis.
Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar.
Por isso, quem chuta ou maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar.
Não importa se eles habitam nossa casa, se estão nas ruas, nas praças... eles necessitam tanto de um sorriso, de um carinho de um olhar, de amor, de compaixão...Você viveria sem amor?
Eu, confesso que, já teria morrido de tristeza...necessito tanto do vosso carinho, da vossa troca, bem como, necessito de vosso olhar amoroso nessa tela, seja da boneca do Chico, seja do gato do vizinho, ou do cachorro perdido na praça...
Necessito do vosso gesto, do vosso amor, da vossa Luz.
Um fraterno abraço e que o destino de todas as Bonecas, não só as do Chico, retornem aos seus lares junto ao amor de seus donos.
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Amor e luz
Paz e compreensão...
"Gatos&Amigos"
HULA
O meu coração não pára de latir em silêncio.
O azul do céu virou dourado
e ainda escuto a cadeira lá fora, balançando sozinha.
Ouço as pancadas da cabeça batendo pelos móveis da casa
querendo que eles saiam da frente.
A cegueira nunca fez a infelicidade.
O carteiro ainda correu assustado.
O jornaleiro perguntou: "cadê a douradinha?"
Ninguém derrubou a ração da tigela.
Nem a sabiá veio hoje furtar nada.
Há um luto estranho lá fora...
E aqui dentro de casa,
muita poesia em forma de saudade.
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Claudia Villela de Andrade
(as cadelas da Janice)
AS MENINAS
Sempre se ouve dizer que cachorros são uma excelente companhia... e são mesmo... de qualquer raça ou mesmo sem raça definida.
Eu queria um cachorro grande e escuro... de preferência fêmea... e a Mine foi comprada, aos três meses de idade. Tão bonitinha... tão pequenininha mas já se percebia que ela ia ficar bem grande.
A Mine se chama JASMINIE OF PADDOCK e veio aos três meses de idade, com pedigree, onde se lê que ela é Akita-Inu. A Mine fez com que eu me apaixonasse pela raça dela, o que me animou a fazer pesquisas a respeito e eu percebia que o comportamento da Mine era identificável com os caracteres próprios da raça Akita, o que me alegrou muitíssimo. Por exemplo, a Mine entendeu rapidamente e usando apenas o seu descomunal poder de observação, qual o papel que lhe era atribuído na minha vida de cadeirante.
(Janice encontra-se numa cadeira de rodas há vários anos).
Entre nós duas criou-se um vínculo fortíssimo e estabeleceu-se um pacto informal de confiança mútua, pelo qual dia a dia eu supria todas as necessidades caninas dela e, em contrapartida, ela supria a minha enorme necessidade de ter uma guardiã a postos... e a Mine foi se revelando muito boa na função de cão de guarda e uma agradável companhia, o que me trouxe um extraordinário conforto psicológico, provavelmente potencializado pelo fato de eu tê-la visto crescer.
Descobri que a Mine é um exemplar do Grande Cão Japonês. Ou é um Akita mesmo, que cresceu muito para o padrão de crescimento da raça... sei lá... só sei que ela foi crescendo e hoje é assustadoramente grande... e se torna mais assustadora por ser escura, o que a meu ver "camufla" um pouco aquela cara enganadoramente doce. Tornou-se o cadelão da mamãe.
O ideal seria que eu tivesse parado por aí... mas a realidade nem sempre corresponde ao que é ideal e, há pouco menos de dois anos, houve um incêndio na minha casa, no qual o fogo ficou restrito à área onde ficava um sistema de aquecimento a gás, ao lado do canil onde a Mine quase morreu queimada... fechada lá dentro. Hoje, em vez do calor infernal do fogo, há o calor benfazejo do sol, naquele lugar onde agora há plantas crescendo cheias de vida.
Minha recuperação foi rápida e tranquila, mas a Mine ficou traumatizada, porém continuou perfeitamente capaz de exercer seu instinto de guardião, excepto quando, durante a noite se anunciava uma tempestade. A luminosidade dos raios a deixava apavorada e ela pedia socorro arranhando com a pata a janela do meu quarto de dormir. Causava-me uma estranha emoção ver uma cadela tão grande e forte pedindo socorro a uma pessoa que nem consegue ficar em pé.
Mas eu queria resolver aquele problema dela... o trauma dela... e uma médica veterinária aconselhou-me a criar outra feminha da mesma raça e recomendou que eu a adquirisse logo ao nascer, para que a Mine a adoptasse como filha e não se sentisse sozinha no quintal. Mas eu questionei sobre a realidade de que dois Akitas do mesmo sexo não convivem harmoniosamente no mesmo espaço. Ficou combinado que adoptaríamos medidas especiais, e a pequena Dan (Dansa Go de El Zorro) veio com um mês de idade.
A Mine estava a postos para recebê-la.
Eu nunca havia visto um Akita tão... bebezinho... e custei a tomar consciência de que aquele "novelinho" ambulante ia ficar tão forte e confiável quanto a Mine. E ficou!
Acompanhar o crescimento de um Akita é uma "actividade" encantadora.
Hoje ambas têm o mesmo porte elegante... o mesmo rabo enrolado sobre o dorso... a mesma carinha doce...e grande, além da mesma força descomunal e assustadora.
Eu não sou criadora. Sou uma admiradora da raça e estou cada vez mais convicta de que acertei ao trazer para o meu convívio a "grandoninha" e depois a "pequeninona", pois elas me dão segurança (inclusive de saúde psicológica). Elas não agem como se fossem mãe e filha, o que não são: agem como irmãs (se desentendo e se protegendo) e meus conhecimentos sobre a raça fica restrito às necessidades delas, considerando as minhas necessidades especiais, de uma PPD. (paraplégica)
Para mim, é inacreditavelmente tranquilizador e animador vê-las guardando a porta do meu escritório, enquanto escrevo. São as minhas meninas!
Mas, eu sonho ainda poder ter toda a estrutura material, psicológica e os conhecimentos necessários para começar uma criação comercial de Akitas.
Mas, mesmo sendo apenas proprietária, já aprendi que nenhum cachorro deve sair fora do nosso quintal, sem guia e coleira enforcador ou não, dependendo da exigência de cada raça... tem alguns que requerem até o uso de focinheira. E lembrem-se, nenhum cão fica agressivo gratuitamente, mas todos se defendem muito bem... até mesmo das pessoas da casa que, em última análise, formam a matilha do cão em questão, seja ele macho ou fêmea de qualquer raça ou tamanho.
Amar uma criatura é empenhar-se em conhecer as necessidades e os instintos naturais dela e o melhor amigo do homem merece ser amado pelos humanos, né?
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Eu gostaria de escrever aqui The End... ou acrescentar que fomos todos felizes para sempre...
Mas sou realista e, fiel à realidade, vou contar que:
Uma das minhas cachorras, a Dansa Go de El Zorro começou a claudicar, em Janeiro de 2003. Conversei com a veterinária que a atende. Constatou-se que ela tinha uma enorme infecção no ouvido, cuja dor reflectia por todo o "bracinho" dianteiro direito, fazendo com que ela economizasse a pata dianteira direita. A explicação fez sentido...
Mas o ouvido da Dan sarou e ela continuou mancando... e um pensamento intrigante martelava na minha cabeça todo o tempo, deixando-me apreensiva...
Bem, mandei fazer uma radiografia.
Radiografia vai e vem... um veterinário conversa com outro... e, por fim, a veterinária que cuida dela me deu a notícia quase chorando: a Dansa está com "OSTEOARTRITE DEGENARATIVA" no cotovelo direito.
Não há como se evitar a doença. A cura definitiva pode vir através de uma cirurgia, onde se raspa o osso na parte atingida e insere-se um pino de metal, que imobiliza a junta... a dose de anestesia é pesada, porque a cirurgia é demorada e "maltrata muito o animal"...
Bem, a hipótese foi descartada, já de antemão, pela própria veterinária... ainda bem, pois:
-Na minha "pequeninona", não... definitivamente não!
O remédio minimiza a dor, mas enquanto não veio, ela ficou lá no canil... às vezes a todo vapor e às vezes quietinha deitada...
A Dan vai tomar o remédio pelo resto da vida... ninguém me disse quanto tempo resta a ela, mas eu vi a radiografia... levei um susto enorme e fiquei meio jururu por uns dias... agora estou bem de novo.
Vejo a Dansa com mais tranquilidade e parece que os olhos dela não me pedem mais socorro, como antes de ir fazer a radiografia.
Posso perceber que a pata dianteira direita da Dan, apenas alcança o chão (não pisa...) e o "bracinho" direito está um pouco mais fino do que o outro. Sei que é só o começo, mas também sei que tanto eu como ela podemos enfrentar com tranquilidade e paz, o mau pedaço que teremos pela frente.
-É uma coisa incrível o grau de sensibilidade dela e o tamanho da minha responsabilidade!
Estamos no dia 18 de Fevereiro de 2003.
Felizmente a Dansa apresentou uma reacção positiva ao remédio que está tomando há uma semana e está saltitante e faceira novamente. Contudo, a veterinária fez questão de deixar bem claro que o remédio é apenas paliativo, pois OSTEOARTRITE DEGENERATIVA não tem cura medicamentosa e pode vir a atingir outras juntas... mas aparentemente a dor não a atormenta e isto é o mais importante, no momento.
Além da afeição que eu sinto pela pequeninona, as meninas são a parte mais importante de um esquema de segurança que me permite morar sozinha.
Agora sim, posso dizer que somos felizes porque a felicidade está dentro de nós... mas temos que enfrentar a vida com realismo, para não sermos abatidos por ela.
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Janice Da Silveira
http://paginas.terra.com.br/arte/janice/as_meninas.htm
(Dos seus donos para o saudoso KIMBA)
Por connosco conviver
e trocar provas d'amor,
ele já não era um cão,
tinha virado um senhor!
Pelo negro, luzidio,
elegante, musculado,
tomava banho no rio
e no mar, ao nosso lado.
Hoje, parece mesquinho
olhar aquele cantinho
onde fazia chichi
bem contra a nossa vontade.
Ah! Quem dera tê-lo aqui
pra limparmos a saudade!
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25/5/2001
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
Esta é a Lady, ainda nova e vigorosa!
Ela nasceu em Novembro de 1996 e faleceu em Novembro de 2004. Portanto com oito anos.
Também gostava muito de passear de carro. Ultimamente, muito gordinha e pesada, tinha-mos de pegar-lhe ao colo para a instalar no carro.
Muito meiga também, mas se a magoavam, mordia logo. Não podia ver gatos, logo os perseguia. Cheguei mesmo a observar ela a matar um gato. E tal era a sua ferocidade, que perturbado com a situação tentei intervir, mas receando a atitude dela; não consegui mesmo salvar o pobrezinho. Mas no dia seguinte ela matou outro, que também não consegui evitar.
Pombas novinhas que por vezes aparecem no chão, ao ensaiarem os primeiros voos, normalmente eram vitimas perfeitas para ela. Algumas consegui salvar, mas não era fácil.
Mas para com as pessoas era um animal muito meigo.
Também era relativamente esperta. Nada tem de original, mas era capaz de abrir as portas de rede, puxando-as com a patinha; o outro nunca atinou a fazer o mesmo.
Também era corajosa. Ela corria para os sítios onde existia algo que lhe chamasse a atenção. Já o cão faz muito barulho, faz que vai, mas logo, logo corre para junto de mim.
Quando queria ir ao Jardim fazer as suas necessidades ou beber água, vinha tocar com a patinha na minha perna. Isto porque tanto ela como o cão faziam-me companhia enquanto estou aqui no computador. O cão também nunca teve essa atitude.
Ainda e ao contrário do cão que todo o dia anda a traz de mim, ela era mais independente. Por vezes estava comigo, mas tomava a iniciativa de ir para outros sítios.
Foi talvez essa característica que a levou à comida fatal.
O cão nós sabemos sempre onde ele está. Já com ela era diferente; resolvia ausentar-se e pronto. Lá ia fazer as suas explorações.
Os últimos tempos entre nós não foram os melhores para ela. Como oportunamente lhe terei dito, sofreu imensos golpes longos e profundos, pela cadela da minha filha.
Pouco tempo depois ficou cega de uma vista em consequência de nova agressão.
Mais recentemente voltou a ser vitima de outro acesso da mesma cadela. Menos grave, mas ainda assim, quatro perfurações no pescoço; ainda eram visíveis as cicatrizes.
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8/11/2004 - Açores
Ivo Lourenço
(Meu amigo Ivan)
Este é o Jumbo, ainda bem novo e vigoroso!
Junto dele, o meu neto com quem costumava brincar.
Ele nasceu em Maio de 1992 e faleceu em Agosto de 2003. Portanto com 11 anos.
Nesta foto, ele está preso por uma corrente a um cabo de aço que lhe permitia um percurso de cerca de 30 metros,
entre a sua casa e o portão de entrada. Muitas vezes tive de reparar esta engenhoca, porque ele frequentemente arrancava com as estacas, não obstante serem duplas.
Quanto a situações interessantes... Que lhe poderei dizer?
Quando ele era o único cão em casa, e eu possuía uma carrinha, era frequente levá-lo a passear connosco. Ele saltava para a carrinha sempre que a porta traseira se abria. Só que tinha o hábito de se ausentar se o libertavamos no sítio de destino. Cheguei a ter grandes aborrecimentos por isso.
Sendo um animal pacifico; não me recordo de ele ter ameaçado alguém. A verdade é que pelo seu tamanho e vozeirão ao ladrar, as pessoas receavam-no.
Um colega meu um dia me procurou aqui em casa. Entrou vindo tocar a campainha existente na porta de entrada, que se situa numa varanda. Nós não estavamos. O cão entretanto apareceu e claro, ladrou para ele. Disse-me ele mais tarde, que ficou retido bastante tempo, até que aproveitando uma oportunidade, se raspou.
Com uma senhora que aqui vinha fazer a leitura do contador aconteceu o mesmo, só que ela conseguiu tocar a campainha, indo eu socorrê-la.
De uma maneira geral, sempre que tinhamos alguma visita e o cão estava solto, tinha sempre que o amarrar. Por mais que afirmasse que ele não fazia mal, as pessoas receavam-no.
Ainda que os não comesse, apanhava os ratos e os matava. E quanto a gatos, só numa semana enterrei quatro. Alguns bem bonitos, grandes e com coleiras. Enfim, está na natureza deles serem assim.
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8/11/2004 - Açores
Ivo Lourenço
(Meu amigo Ivan)
É estranho, mas todos os meus animais quando vêm uma máquina fotográfica vem logo em direcção a ela para ver o que é, por isso é por vezes complicado arranjar fotos sem ser em movimento.
A nossa gata chamava-se Penelope.
A nossa primeira cadela a Salomé foi educada pela gata, facto que pode ser estranho, mas o que é certo é que ela ficou com alguns tiques de gato, entretanto arranjámos outra cadela à qual pusemos o nome de Georgina, mas que prefere ser tratada por Gina ou Gininha, só que esta última ainda tem muitos pesadelos, enquanto escrevo este email, já a tive de ir acordar porque estava com pesadelos.
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8/08/2004
José Azevedo
A história da Jaquina, é uma história interessante, pois que veio sentar-se à porta da nossa casa, até que um dia resolvemos deixá-la entrar pela porta do quintal, não fosse a nossa gata que já morreu se chateasse e não a aceitasse.
O que é certo é que entrou e nos escolheu. Nunca vi um cão tão obediente como ela, como guarda da casa era do melhor que havia.
Uma outra história da Jaquina tem a ver com gatos bebés.
Infelizmente a minha câmara digital não tem flash.
Tivemos medo que os nossos animais fizessem mal a estes seis gatinhos. O que é certo é que estes animaizinhos chiavam tanto que foi a Jaquina que durante 24 horas tomou conta deles, os lavou e os estimulou para eles fazerem as suas necessidades.
Estes gatinhos foram encontrados num saco de plástico ao pé dos vidrões, ainda tinham o cordão umbilical e estavam de boa saúde.
Sabemos qual foi a gata que os teve, mas não conhecemos os donos.
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20-03-2003
José Azevedo
A Jaquina foi uma cadela pastora alemã, que deveria ter entre os 6 meses e os 8 meses,
pensamos nós, pois que as suas orelhas ainda não estavam espetadas quando andava por aí na rua.
Lembro-me bem que na altura em que ela apareceu aqui na zona, estava cá montado um circo, e que ela por lá «passeava» ao pé dos cavalos e dos póneis.
Só que o circo saiu da vila e ela ficou.
Era uma cadela que toda a gente escorraçava e lhe batia.
Quando está bom tempo e não existe o perigo de os animais apanharem nem carraças nem carrapatos, costumo sair com a Salomé, pois que ela gosta muito de ir à rua, dar o seu passeiozito. Num desses passeios a Jaquina resolveu seguir-nos.
Depois de uma troca de narigadas com a Salomé, esta deixou-se seguir.
Veio atrás de nós até à porta de casa.
Magra ela não estava, porque um sujeito da vila que tem imensos gatos e lhes dá as refeições na rua a qual eles não comem toda, deve ter servido para a Jaquina sobreviver, até se vir sentar à nossa porta e dormir debaixo do nosso carro pelo menos uma noite.
Era escorraçada pelas pessoas do café da nossa rua, os quais tinham dois cães.
O que é certo, é que resolvemos dar-lhe de comer, tendo aparecido um dos cães do café a roubar-lhe a comida. Nessa altura tivemos que repetir-lhe a dose tendo que ficar a conta enquanto ela comia.
Foi quase um namoro entre ela e a gente.
Enfim... a situação tornava-se complicada e porque para além da Salomé tínhamos uma gata que também faleceu, gata essa que educou a Salomé, o que é certo é que a pastora alemã ainda não arrebitava as orelhas, isto é, eles só começam a arrebitar as orelhas por volta dos três meses, portanto ela não poderia ter muito mais visto que ainda não tinha feito a muda dos dentes,
conforme nós viemos a constatar.
A minha mulher achou-lhe graça, à pouco tempo tínhamos trazido um outro (cachorro) com uma perna partida que tínhamos ido por ao canil de São Francisco a Loulé, porque ele tinha uma pata partida e não podíamos tratar do animal.
O que é certo é que a Jaquina foi aceite pela Lili (Gata) e pela Salomé.
Não entrou pela porta da frente mas sim pela do lado que dava para o quintal, tendo ficado instalada no anexo da casa.
Tivemos que a besuntar de Frontline, pois estava cheia de carraças, e posteriormente dei-lhe um bom banho, já que teria que ir ao veterinário da zona.
Aí foi a primeira discussão que tive com esse veterinário, pois que este dizia que ela era muito mais velha do que era, e aplicou a dose das vacinas como se fosse um cão adulto, o quase a ia matando, pois que esteve muito abalada durante uns dias.
O certo é que mudámos de veterinário.
O que dizer mais da Jaquina, a sua obediência era um espanto, o seu pelo mesmo um dia antes de morrer estava brilhante, inclusive a própria veterinária que a tratou, o referia, que na Universidade de Córdoba o primeiro sinal de doença do animal que lhe tinham ensinado era o pelo baço e quebradiço, coisa que ela não tinha.
O que é certo é que "finou-se" ficando a olhar para a minha mulher; como que dizendo «gosto tanto de ti»!
Estranho fenómeno este, tinha sido batida e escorraçada, mas depois quando eu a passeava toda a gente tinha receio dela, não sei exactamente se dela se do dono, mas o que é certo é que ia agarrando um dos muitos chatos e inoportunos que se dedicavam a atirar pedras para o nosso telhado, tendo ficado sentada à minha espera na borda do passeio para que fossemos atrás deles.
Antes de terminar, refiro a doença que a matou: foi uma bactéria que eu transportei de uma das minhas escolas.
Isto porque quando soubemos qual era exactamente o remédio preventivo já a gata e a
Jaquina estavam contaminadas e, contrariamente ao que dizia a veterinária fizemos o tratamento profilático à Salomé, que parece não ter nada e ter ficado bem.
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20-03-2003
José Azevedo
Sunny, você foi para mim tudo que eu pedi à vida.
Deixou uma imensa e enorme saudade que não sai por um minuto do meu coração.
Nos mínimos detalhes eu a vejo, sinto o seu corpinho que eu beijava tanto nessa sua cabecinha linda e cheirosa.
Quando a mamãe Maria lhe dava banho e eu a enxugava, você já sabia tudo que eu ia fazer com você: rolava na cama e vinha rastejando, brincando para eu limpar as suas orelhinhas. Quando acabávamos tudo, você partia rápida, feito uma flecha e saia desabalada, correndo, e ia tomar sol. Esse sol que impregnou a nossa vida.
Não vou esquecê-la nunca, minha querida.
Onde quer que você esteja, saiba que as mamães a amam muito, que você não é esquecida nunca.
Que todos os que tiveram a felicidade de conhecê-la não vão tirar a sua imagem tão linda.
A tia Ana também a ama demais. Molha sempre você que se transformou, no mesmo seu cantinho da sala, num lírio da Paz.
Que você tenha encontrado todos os seus parentes nessa imensidão azul, onde Nosso Pai vai tomar conta de você, pois já não o podemos fazer.
Um beijinho carinhoso de suas mamães
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Maria e Eda
Sunny Poema
A dor da saudade das donas - Eda e Maria
Como pode um serzinho de 4 patas deixar tamanho vazio?
Amei-te como jamais amei /
Te perdi como esperava. / Sem dor, com olhinhos fechados
Não vi tua despedida. / Entrei no quarto a chorar / Quase morri.
Perdi meu amor / De treze anos / Amados e queridos. / Sem traição nem desventura / Ah! Como te amo / E como te amei...
Acho que jamais / Amarei assim, outra vez.
Falavas comigo pelo olhar! / Tudo entendias / E como...
Carinha bonita / Feita com o pincel mais renomado / do mundo dos pintores.
Eras perfeita demais...
Quando dormias / Te contemplava.
Quando domingo, / Não estava mais só
No meu desalento de família perdida. / Tudo eras para mim.
Hoje só tenho um retracto / E a lembrança.
Lágrimas correm , deslizam / Profundas e amargas / Pois não tenho mais a ti.
Procuro-te pela casa / Não mais estás.
Estás no céu, creio eu / Com os outros bichinhos .
Sunny / Amor de minha vida
Cadelinha querida / Sempre te amarei!
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16/08/03 - Araruama,
Eda Carneiro da Rocha
Poema dedicado a meu cão meu vira-latas... Tobi.
Encontrava-me muito triste por ter de autorizar seu sacrifício...
Tinha inchaço nas patas em decorrência de grave complicação renal.
Não quero ter mais nada nem ninguém.
Não quero ter filhos, nem amigos, nem namorados, nem marido!
Nem casa, nem emprego nem dinheiro, nem bichos.
Nem plantas, nem flores, nem prestígio.
Para cada "ter" exige um "ser"...
Ser carinhosa, cuidadosa, dinâmica, dedicada, virtuosa.
Decente, prudente, providente... E por aí afora...
Não quero ser dona de nada nem de ninguém!
Até pra ser dona de mim dá um trabalho danado!
Juro! Nada quero ser nem ter! Quero simplesmente... Viver!
E o pior é que ando triste e a dor insiste em me querer...
Que droga!
O tempo correu...
A vida hoje parou. Meu cachorro morreu. Não quero pêsames!
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15 horas - 14/10/2001
*Emiele* - IPATINGA
Dedicado a Sultão o Vira-Latas da minha infância.
É imprescindível que não tenha nenhum pedigree.
Preferência para focinhos pretos e pelagem de cor indefinida.
Pode ser magro, que de tanto, tenha o contorno do esqueleto exposto sob a pele.
Que seja capaz de encarar todas as pessoas com aquela inocente confiança de cão abandonado, que nunca distingue quem vai lhe dar um osso ou uma porrada... e mesmo assim, continua sendo capaz de olhar amorosamente tanto para os que o alimentam quanto para os que o escorraçam.
É preciso não ser muito preocupado com auto-estima. Vira-latas que se prezam costumam não ter nenhuma... porque são poços profundos de desinteressado amor.
Há que ter um olhar terno quase suplicante, ser capaz de olhar de soslaio e inclinar a cabeça choramingando, toda vez que não entender alguma coisa ou ficar desapontado por um pito que ele nem sabe se mereceu.
Deve ser ruidoso e estridente quando eu estacionar o carro na garagem, em manifestação inconteste de satisfação pela minha chegada e pela minha presença.
Há que saber brincar, esconder chinelos, arrastar tapetes e correr desvairado quando livre na campina ou na praia, por saber-me feliz e redobrar as peraltices, pelo simples fato de notar que eu o observo.
Há que ter senso comunitário e assim, estender a sua lealdade aos demais membros da casa e àqueles que ele sabe que me são caros.
Até hoje eu criei gatos - alguns de raça. Gatos são altivos, oportunistas, auto-suficientes, apesar de sumamente belos e graciosos. Tentei (em vão) aprender com eles a lição máxima da auto-estima... gatos são exímios na arte de se vender caro :-)
Agora eu procuro um vira-latas - talvez nem tenha que procurar - não só como amigo, mas como instrutor.
Quero assumir as virtudes que nele sobejam como a transparência, a ressonância, a espontaneidade e, acima de tudo, a capacidade de amar incondicionalmente, mesmo quando escorraçado.
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Fátima Irene Pinto
Inspirado no texto Simplesmente Gatos de Arthur da Távola
Agora é que vai ser bom! - digo eu aos meus botões.
Com gato, cão e cadela, não há medo de ladrões.
O gato, era um desprezado; mas, aqui tem um bom lar.
O cão era abandonado, por ele estou a lutar.
A cadela é que é finória! (Eu finjo que tive amnésia).
Só acolho 'pobretanas' e ela é 'Leão da Rodésia'.
Boa casta e 'pedigree'... Virá cheia de peneiras!
Eu, vou metê-la na ordem. - Ó menina, tem maneiras!
Isto aqui não é Hotel de uma nem cinco estrelas.
Aqui, há que andar na linha, sejam gatos, cães, cadelas.
A dona tem que fazer! Pouco tempo há pra finuras.
Tu vens mal habituada, desse país nas lonjuras.
Foi a filha que a comprou; mimou demais, fez asneira.
Agora, mudou de vida; deixa cá esta canseira.
A 'madame' vai ver só! Aqui, além doutro clima,
vai ter que dividir tudo; se quiser a minha estima.
De Moçambique pra cá, Lourenço Marques, Maputo.
Se ela cá quiser ficar, eu por ela também luto.
Porque a dona, minha filha, vai para França estudar
enquanto o genro faz curso; e não dá para a levar.
Eu só quero ver depois... quando eles regressarem...
se a "África" quiserem... a "África" me tirarem!!!
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2/08/2001
Laura B. Martins
Como aluno, foi rebelde. A escola não conseguiu,
e o ensino não surtiu o efeito desejado;
lá foi o Goba mudado para outro professor.
É ardiloso e matreiro. Não sei se é questão de amor
ou lembranças do passado; mas este cão tem custado
lágrimas, sangue e suor, pra não falar de dinheiro.
Tinha 3 meses e meio foi para um infantário.
Mais dois meses de calvário roupa rasgada, arranhões,
e outras escoriações. Agora com 7 meses,
vejamos do que é capaz. Apesar destes revezes,
fazemos seja o que for pra conservar o estupor,
que tem peso de senhor mas idade de rapaz.
Trinta e oito quilogramas, de cão, negro como a noite,
(no quintal, ninguém se afoite), grandes dentes, refilão,
come que nem um leão. Este cão é um maduro!
Tentando todas salvar, pus as plantas no seguro,
erguendo rede bem alta; assim, o cão já não salta.
Mas o resultado é duro... porque preciso eu saltar.
Vejamos o que acontece... E rezemos uma prece!
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1/11/2001
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
Estou sentada nos degraus, vão da porta prò portão.
Aqui fiquei, descansando. Já dei a comida ao cão.
Coloquei-o no meu colo e na mão o comedouro;
enquanto o acariciava e afastava um besouro.
No meu colo só as patas, meio corpo e o focinho.
Tem 15 quilos e meio. Está enorme, o danadinho.
Aqui ficou, regalado, digerindo o que comeu,
tal e qual como um bebé; três meses... adormeceu!
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10/07/2001
Laura B. Martins
Soc.Portug.Autores nº 20958
GOBA, Rafeiro da Serra d'Arrábida
Mais um desafio na vida... que coisas fáceis não há.
Vou fazer papel de Madre Teresa de Calcutá.
Eis a missão que me impus: - Educar o meu cachorro!
Mesmo difícil, na vida, atrás do que gosto, eu corro.
É cachorro belicoso, dArrábida, minha serra.
Mãe e pai, são diferentes; comigo faz uma guerra.
Ele rosna e morde tudo, morde em nós e rasga roupa.
Faço sopa de legumes e à noite, dou-lhe sopa.
De manhã, há dois clientes para o meu pequeno almoço;
pois gosta de cereais e cerejas sem caroço.
As orelhas são espetadas com meia dobra no meio.
As patas às «dez pràs duas», cauda fina de permeio.
Já o marido quis dá-lo. O filho, nada dizia.
E a filha acha que ele poderá virar-se, um dia.
Ah! Cachorro rafeirão! Tu não mandas mais do que eu.
De casa ninguém te leva, ficas pra sempre só meu.
Começaram hoje os treinos para a sua educação.
Goba! Uma jura eu te faço. Vou fazer de ti um cão!
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15/06/2001
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
Fechamos compartimento e guardamos as lembranças.
Lágrimas e sofrimento darão lugar às mudanças.
Abrimos o coração, tentamos um novo amor.
Já temos um outro cão. Louvado seja o Senhor!
Vai ser difícil a vida para um cão substituto.
Inda bem que é diferente e até um pouco bruto.
Comparações entre os dois, tento não estabelecer.
O Goba vai ser maior, pois não faz senão crescer.
Inda ontem fez dois meses; coloquei-o na balança.
Se os meus olhos não me enganam... 10 Kgs e grande pança.
Pra ajudar nas diferenças, malha branca na queixada.
Pequena, mal se percebe; mais parece uma dedada.
Mais ou menos espaçados, pelinhos brancos no peito.
Nem é malha nem é risca, estão semeados a eito.
Aqueles pelitos brancos, traem a coloração
negra, do resto do corpo. É mais... uma distinção!
Sapatos também não usa, naquele patão chapado.
Talvez se chame chinelo... de branco, semi-calçado.
Olhos negros, de azeitona, num focinho descarado;
e o branco, à volta dos olhos, tem um tom meio azulado.
Orelhitas bem espaçadas, com uma dobra pra frente.
Ele tem um ar patusco, parece inquirir a gente.
Quanto ao resto, todo negro, já promete ter bom pelo.
Vou escová-lo, nem que seja, co´a escova do meu cabelo.
Deus lhe dê vida bem longa; connosco compartilhada.
Sendo muitos, serão poucos anos e idade avançada.
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4/06/2001
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
Ele sempre achou que comer deitado era muito melhor.
Comia e crescia.
Crescia e comia!
E se ele comia, Santo Deus!!!
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Laura B. Martins
Maio 2001
Goba com os seus brinquedos novos, e ainda alguns do Kimba, a brincar no chão da cozinha.
São visíveis os jornais debaixo da mesa.
As primeiras lições de higiene.
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Laura B. Martins
17/05/2001
No dia em que trouxemos o Goba para casa.
Fofinho e peludinho, ao colo da dona.
Uma graça, aquela pintinha branca no queixo.
Nascido a 3/04/2001 - GOBA - O cachorrinho negro que veio para o lugar do cão KIMBA.
Há um ditado que diz: "A nódoa de uma amora, com outra amora se tira".
É mentira!
Jamais algum animal apagará a saudade daqueles que se foram.
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Laura B. Martins
(quase 2 anos após... ainda a saudade do meu cão)
Foi mais um Natal sem ti,
amigo de 4 patas.
Mais um Natal que vivi,
sem ver que prendas desatas.
A família reunida...
presépio, pinheiro, enfeites.
Mas eu, sempre entristecida,
sem que aos meus pés tu te deites.
Na moda está, ter cachorro
Labrador; e já são muitos.
Nos caminhos que percorro
os encontros são fortuitos.
Saudosa, fui em socorro
de abandonados, gratuitos.
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26/12/2002
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores n.º 20958
E ele partiu! Deixou-me desfeita!
Tenho um desgosto comigo!...
Hoje, sentei-me e escrevi:
Perdi o maior amigo
de todos que conheci!
A sua bela cabeça...
a pata na minha mão...
Pra que nunca mais o esqueça,
cravei-o no coração!
Apertei-o contra mim,
pra sentir o seu calor.
Inda quis retê-lo assim...
A morte não permitiu.
Num suspiro de estertor,
meu cão, o Kimba, partiu!
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17/5/2001
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
'KIMBA' o meu cão!
'História d'amor'! Capítulo final:
Carta aberta aos meus amigos.
Agora entendo perfeitamente o que vejo escrito nas lápides dos cemitérios:
«Com a eterna saudade de........» São os parentes e amigos que não esquecem quem desapareceu da face da terra.
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Infelizmente nem as preces, os votos e a força de todos os amigos puderam salvar o meu cão. O Kimba estava atacado em último estado por doença fatal que não o poupou.
última análise feita e enviada para o país vizinho, Espanha, onde há laboratórios muito mais sofisticados, declarou que o seu organismo estava incapacitado de produzir anti-corpos para se defender.
Também a idade de 10 anos, não ajudou.
Cães pequenos, em média, duram mais que os outros de grande porte.
O meu amor e grande amigo de 10 anos morreu nos meus braços. O seu último suspiro, lento e grande como se de uma pessoa se tratasse, foi junto ao meu coração e fui eu quem lhe fechou os olhos.
A grande e bela cabeça negra no meu peito; as patas da frente, abraçadas a mim.
Ele morreu sem dor, eu sofri demais.
Uma dor que não dói no corpo, apenas na alma.
Lágrimas que caiem, mas não mitigam nem acalmam.
A sensação de impotência e de uma grande perda, por algo que jamais será recuperado e não voltarei a ver.
Ele soltou um último suspiro, e os meus começaram aí.
É um soluçar com vontade de gritar aos quatro ventos: - NÃO É JUSTO, MEU DEUS!
Uma injecção evitou o sofrimento que iria começar. Ele tinha deixado literalmente de comer e beber na véspera.
Na 4ª feira de manhã, repentinamente, perdeu a firmeza nos quartos traseiros e cambaleou contra a porta do meu quarto.
De cabeça perdida, meti-o no carro e parti para a veterinária.
O meu marido deixou o filho no emprego, e foi ter connosco.
Chorávamos todos: eu, o dono, a veterinária, a ajudante.
Era uma história de grande amor entre donos e um animal que era 'UM SENHOR'.
As suas atitudes e postura, ao longo da vida, o demonstravam.
Ciumento como era, acabou adoptando o gato porque a sua dona gostava também muito dele.
Bastava que eu lhe perguntasse pelo gato e ele partiu quintal fora, nariz no chão até ao último local onde o gato estava ou tinha estado. Só ficava descansado e dormia se todos estivéssemos em casa, incluindo o seu rival em amor - o gato.
Morreu-me o meu amor e companheiro canino!!!!... Quem pode consolar-me?
Foi dramático! Estou a relembrar tudo o que se passou.
As lágrimas correm a quatro e quatro, e os soluços voltaram.
Só quem ama animais, e os tem, poderá compreender o que é perder-se um amigo que nos adora todos os dias e a todas as horas, e no-lo diz com os olhos.
Vejo-o em toda a parte: deitado à porta de casa, patinhas caídas no degrau, dentro de casa, em pé, às janelas, espiando quem bateu à porta, (ele tinha pouco menos que a altura de uma pessoa). Na janela da marquise observando se o gato andava na bulha com outros; ele queria logo sair para ir acudir e num desassossego vinha chamar-me.
Ainda o recordo, deitado na cesta, ao lado da minha cama, onde passou as duas últimas semanas de vida.
Apesar de ter uma cama de verga há anos, comprei-lhe a maior cesta que havia no mercado, em tecido vermelho por fora e cinza escuro por dentro. Fiz um colchão com uma placa de espuma e forrei com tecido. Acrescentei diversas almofadas, (porque ele gostava e tinha muitas), e as suas mantas preferidas.
Fiz o que entendi ser o melhor para ele e para lhe dar o máximo de conforto.
Fui com ele a última semana, todos os dias, 4 horas - das 3 às 7 - à clínica veterinária. Ele precisava levar soro, e eu tinha que lá estar, junto.
Ele com o soro injectado numa patinha, deitado na marquesa e eu numa cadeira, ao lado, com a sua cabeça e patas no meu colo; falava com ele e fazia-lhe festas para o acalmar.
O desânimo perante as malditas análises que não baixavam os níveis, e cada vez que chegavam eram desesperantes... tudo nós suportámos, os dois.
Estavam a ir-se, aos poucos, a saúde e a vida.
A alimentação especial, que ele recusava e eu lhe dava, com uma seringa enorme, forçando-o a engolir as bolinhas da carne especial de dieta, à base de produtos sem proteína e fósforo, (porque esses, ele já os não digeria) e eu, amorosamente, lhe metia na garganta, para que se alimentasse, já que não se esforçava para comer.
Meus amigos, foi um acto de amor entre a dona e o seu cão.
Se ele acordava de noite e se manifestava ou saia do quarto, eu acalmava-o ou levantava-me e ia junto dele até o trazer de volta para a cama...
Tenho a certeza que muitos humanos não terão sido assim tratados.
Tudo fizemos.
Gastámos o que foi preciso sem olhar a despesas. Só queríamos salvar o nosso querido amigo.
Não foi possível!
Deus não atendeu a minha prece pela vida do meu cão, e escreve direito por linhas tortas.
Reservou-me outra missão. Estou a cumpri-la.
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Na 3ª feira, no dia anterior à morte do meu querido, estava na veterinária uma senhora com uma cesta enorme de cachorrinhos, quatro cadelas e dois cães.
Apaixonei-me por eles todos.
Um deles chamou a minha atenção, por ser tão parecido com o meu Kimba em pequenino.
Eram todos filhos de uma cadela pastora alemã, que tinha sido abandonada.
A senhora, (que já tem 3 cães abandonados e vive numa pequena moradia), ao descobri-la debaixo de um carro muito velho, com os cachorrinhos, mandou fazer, junto ao muro das traseiras, num cantinho da rua, uma casinha com umas tábuas, uns bidões à volta e uns plásticos grandes, em cima, para que ela e os pequeninos não apanhassem chuva, e também eles não pudessem sair.
Os vizinhos ajudaram.
Foram sempre limpos e tratados e nunca lhes faltou comida.
Estava a levar os pequeninos, já com um mês e meio para as primeiras vacinas e a colocar anúncios, na tentativa de encontrar-lhes donos.
Quando viu o meu amor pelo meu Kimba, pediu para eu ficar com um deles.
Mas eu não queria que ele visse entrar outro cão lá em casa; ele era muito inteligente e poderia pensar que estava a ser deixado à margem, já que um cão pequeno exige muita atenção e cuidados.
E eu ainda tinha esperança de poder ter o meu Kimba mais uns anos.
Infelizmente tudo se desencadeou repentinamente, a saúde dele fraquejou e quando perguntei à veterinária se o cão fosse dela o que faria, ela, chorando tanto como eu, respondeu, peremptoriamente que o abatia e terminava tudo antes que começasse o verdadeiro sofrimento, que se avizinhava, e também a degradação.
Não hesitámos!
Então, é já! Por ele e por nós.
Não quero que sofra nem um minuto.
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(Na minha opinião isto também devia ser facultado às pessoas que já não encontram qualidade de vida. Apenas se degradam perante os amigos e familiares.
Não pedimos para nascer.
Depois de nascidos, somos responsáveis pelos nossos actos e apenas a nós compete responder perante Deus pelo que fizemos da nossa vida, o que aguentámos ou não e a decisão que tomámos.
Somos donos da nossa vontade e corpo, mais ninguém.
Somos os únicos responsáveis por nós mesmos.
Devia ser-nos facultado o modo de terminar o que decidimos não continuar.
Ninguém tem o direito de nos obrigar a continuar neste mundo. Isso é uma violência!
Devia ser-nos facultado um meio de poder terminar em paz e docemente, antes da degradação, um corpo que já não encontra razão para viver.
É um direito nosso, querer viver ou prescindir da vida!
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Existe um serviço que dá assistência aos veterinários, nesta zona, e vem, de imediato, quando requisitado. Trazem uma caixa consoante o tamanho do animal, um tapete onde são enrolados e levados para um pequeno cemitério onde depositam os n/animais de estimação.
Com uma lápide, se assim o quisermos, e a respectiva identificação.
Nunca vi motivos para andar a visitar um local onde está uma cruz e um pedaço de chão.
Cortar flores para lá pôr, também não me diz nada. Nem do meu quintal corto as minhas. Lá é que é o lugar delas, na planta mãe, não cortadas, na minha jarra.
Sou contra tudo que implica violência, e arranca do lugar respectivo seja o que for.
Já retirei ervas daninhas e coloquei num vaso, apenas porque estavam em flor e eu não queria perdê-las; só não queria que estragassem e abafassem as outras, que eu tinha semeado.
Assim, fica tudo em paz e vivo, sem que haja violência e morte.
Depois da morte, a alma vai-se e o que fica é matéria, transformável.
Ir lá visitar o quê?
Procedo de igual modo para animais e humanos.
O que não fizermos em vida... não vale em visitas depois da morte.
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Resumindo e terminando: perante tamanho desgosto, a veterinária propôs telefonar para a senhora dos cachorrinhos e pedir-lhe um deles para nós.
inda estavam todos e ficámos de imediato com o cachorrinho preto, parecido com o Kimba e que me encantara.
E aqui temos um bebé de 1 mês e meio que é enorme e já pesa 6 quilos e 750 gramas, chamado GOBA.
Aumentou 350 grs de um dia para o outro.
Tem umas enormes patorras e, felizmente porque até é bom que não seja igual para não entrarmos em comparações, uma pequenina pêra branca (bem no centro do queixo) do tamanho de uma unha mínima. No peito alguns pelinhos também brancos, sem que cheguem a formar uma malha. Nas patas de trás umas biqueiras de sapatos brancos e nas da frente umas ainda mais pequenas.
Além de ter cara de parvo, por ser ainda muito bebé, embora já denote grandes qualidades de esperteza e asseio, é um grande ponto e também parece bastante sossegado.
O Kimba também nunca incomodou ninguém, nem mesmo em bebé.
O brilho do pelo negro é idêntico ao do Kimba.
Aqui têm porque vos digo que tenho uma nova missão - cuidar de um abandonado.
Jamais o Kimba sairá dos nossos corações, mas todos temos um coração grande e podemos bem arcar com mais uma dose de amor.
Abriremos novo compartimento. Selamos o outro.
O meu filho a quem também faz muita falta o amigo que todos os dias o esperava no portão, está mais feliz.
Aguarda que este novo amigo aprenda a esperá-lo também.
Queridos amigos que me acompanharam neste drama, agradeço de todo o coração as mensagens de encorajamento.
Aguardem novos poemas (quando eu conseguir escrever de novo) e as fotos do paspalhão, (por enquanto), que se presume venha a ser maior do que o antecessor.
Deus nos guarde a todos e nos poupe de desgostos.
A vida é demasiado curta para tanto sofrimento.
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O meu cão viveu entre 7/02/1991 e 17/05/2001.
Sempre o choraremos. Jamais o esquecerei.
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17/05/2001
Laura B. Martins
KIMBA, o meu cão e amigo, a beber água nas minhas mãos, já muito trôpego e fraco.
Foto tirada no Parque de Palmela onde o meu filho trabalha.
Foi a fotografia da despedida, em 16/05/2001, no dia anterior a ser adormecido.
Encheste a minha vida de alegria e ternura.
Descansa em paz, meu grande amigo!
Quando Deus fecha uma porta diz-se que abre uma janela;
desta vez abriu a porta, quer levar meu cão por ela.
Oh! Deus! Fecha-me essa porta! Deixa-me esta companhia.
Sem ele a casa é deserta, encontro a casa vazia.
Na clínica, cinco dias, ele estará internado.
Trá-lo de volta, meu Deus! Tem dono desesperado!
Deixa comigo este amigo!... Procura um abandonado!!!
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10/5/2001
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
Seus olhos falam comigo,
têm tanto amor pra dar...
focinho sobre os meus pés
e uma pata pra ajudar.
Sento-me a escrevinhar versos,
falando da realidade...
ele deixa-se dormir...
sou a sua felicidade.
Só vive pra me adorar,
percorre o quintal comigo.
Um chichi neste lugar?
Vou-te deixar de castigo!
Ó dona, foi um descuido!
Olha eu!... Patas prò ar!...
Está beeem!!! Já não há castigo!
Vamos os dois passear!
A dona tem que sair
e umas coisas pra comprar.
Anda, traz a trela! - e ele,
já vem com ela a arrastar.
Sentadinho e comportado
no carro, à minha direita,
lá está ele do meu lado;
é uma pessoa, perfeita.
Já deixei de passar férias,
de visitar um amigo...
porque vá pra onde for,
só vou se ele for comigo.
Assim seguimos os dois
há 10 anos, em conjunto.
Pra mim é o mais bonito
e o melhor cão do mundo.
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10/05/2001
Laura B. Martins
Soc. Port. Autores nº 20958
O Kimba, apesar de grande, é mesmo um bom paspalhão;
o gato salta-lhe em cima e ele faz um "papelão"!
Estou a vê-lo, da janela, a correr e a farejar.
Corre atrás das lagartixas, com o gato andou a treinar.
Todo negro, como a noite, tem a cor do "Labrador";
o pelo é que é mais espesso, porque a mãe era "Pastor".
O pai, um "Golden retriever", a mãe, "Pastor alemão";
porque saiu todo negro, desconhece-se a razão!
Gosto de o levar comigo, vá eu para onde for;
sento-o no carro, ao meu lado, fica lá mesmo "um amor"!
Se alguém ao carro se encosta, e ele lá estava deitado,
leva uma rosnadela que salta pra outro lado.
Tem a força de um cavalo e a investida de um touro;
com seus trinta e oito quilos, é o meu "grande" tesouro!
Com uma placa de metal, a porta foi reforçada;
de raspar nela, a patorra, estava toda escavacada.
Negro, de língua vermelha, com os olhos a brilhar...
diabo em forma de cão, pra toda a gente assustar.
Se alguém cá vier tocar, campainha do portão,
abro-lhe a porta de casa; sai, parece um furacão.
Se acaso está no quintal, escondido em qualquer arbusto,
aparece de repente e ninguém ganha prò susto.
Com o carteiro é uma luta... pra cães, ladra sem parar;
mas se lhe faço uma festa, põe-se de patas prò ar.
Posso sair descansada; a casa está bem guardada.
Pior é ficar a uivar e a vizinhança atroar.
Detesta ficar sozinho! E fica mesmo ofendido!
Ele arrasa meus vizinhos, com tanto, tanto latido.
Melhor levá-lo comigo; deixar casa bem trancada.
Ficamos os dois felizes; com carro estou descansada.
Levo-o à praia também, que o" Labrador" gosta de água.
Pra ele sair do mar, resiste e lá vem com mágoa.
Vem prò carro a sacudir-se... contente... todo animado!
Eu fico cheia de areia... e o carro fica encharcado!
Em pequeno foi mimado. (Tinha sido maltratado.
Quando soube, fui buscá-lo pra poder acarinhá-lo.)
Era lindo, tal qual foca; com seu pelo luzidio,
só queria tomar banhoca e nadar horas a fio.
Por causa de tantos mimos, que dei pra ele esquecer,
descurei a educação, pra ter cão que o sabe ser.
Cá nos vamos entendendo, com mais ou menos problemas;
tanto ele como eu, temos os nossos sistemas.
Agora escrevi prò cão. Já tinha escrito prò gato.
Mas que é que se passa aqui? Já me roubou um sapato!
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9/2000
Laura B. Martins
Soc.Port.Autores n.º20958
Eu gosto de olhar pra ele, mas não gosto de pensar
que o meu cão já tem nove anos e poucos mais vai durar.
Amigos assim, não há como os de raça canina;
e parecença nenhuma com os de raça felina.
E então, se formos tentar, fazer a comparação
entre o cão e a raça humana ... existe grande extensão!
Comparados com pessoas, amigos de quatro patas,
eles têm muitas vezes atitudes mais sensatas.
Com seu olhar, bem directo, metem-nos no coração;
dão-nos amor, amizade, levantam 'egos' do chão.
Só por tê-lo como amigo, já me sinto acarinhada;
se não tivesse ninguém, eu já estava acompanhada.
Queria tê-lo pra mim, o resto da minha vida.
Não quero pensar que morre e eu vou sentir-me perdida.
Mas, quando isso acontecer, vou correr pra um canil;
e muito penalizada, escolher "só um" entre mil.
São tantos... abandonados... Oh! Raça mais infeliz!
Esta a que eu também pertenço mas comigo não condiz!
P'lo menos "um", vem comigo. Faço com ele um contracto:
É como ele abandonado... Vai portar-se bem com o gato.
Deixo os gastos pra outras coisas. Dinheiro, com animais,
só pra alimentos... vacinas... não precisam muito mais.
Quem gasta muito dinheiro, comprando os de boas raças,
nunca pensou ajudar nos canis, tantas desgraças.
Mas, os amigos de raça, também tem, lá nos canis;
muita gente vai de férias e pratica actos vis.
Deixa os amigos pra trás, em estradas, abandonados...
por não quererem pagar quem lhes forneça cuidados.
Outros, compram-nos pequenos... eles eram tão bonitos...
mas cresceram, comem muito... e os donos ficam aflitos!
E largam-nos, por aí... entregues à sua sorte,
esfomeados, doentes... esperando que os leve a morte!
Se eu pudesse castigar, tais donos, sem coração,
dava-lhes um tal castigo que servia de lição!
Havia de transformá-los em gato, pássaro ou cão;
pra ficarem a saber, que não se faz isso. NÃO!
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9/2000
Laura B. Martins
Soc.Port.Autores nº20958
Homenagem ao meu companheiro de 10 anos.
Este banner foi oferta duma amiga
Descansa em paz, meu Kimba negrão.
Saudades da tua dona e amiga. Laura
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